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Justiça/Polanski

Polanski rompe silêncio e pede para não ser extraditado

"Não posso me calar". Assim o cineasta franco-polonês Roman Polanski rompeu o silêncio e se pronunciou sobre a possibilidade de ser extraditado para os Estados Unidos. O texto foi publicado no site "La règle du jeu" (A regra do jogo, em português), do filósofo francês Bernard-Henri Lévy.

Roman Polanski.
Roman Polanski. Pathé Distribution
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Sete meses depois de sua detenção no aeroporto de Zurique, o cineasta Roman Polanski diz ter decidido romper o silêncio e se dirigir diretamente à opinião pública para ser tratado como uma pessoa comum.

Em sua carta aberta, Polanski conta que há 33 anos ele reconheceu sua culpa por ter mantido relações sexuais ilegais com uma menina de 13 anos. No acordo de confissão, firmado com o juiz Laurence Rittenband, em 1977, ficou acertado que Polanski passaria 43 dias na prisão, para evitar uma condenação a 20 anos.

O cineasta cumpriu a pena sem tratamento VIP, como ele faz questão de mencionar, mas ao deixar a prisão o juiz mudou de ideia e rompeu o acordo, levando Polanski a sair dos Estados Unidos para a Europa. Polanski argumenta que os 43 dias que ficou preso correspondiam à totalidade de sua pena.

O caso veio à tona trinta anos depois, segundo Polanski, com a divulgação de um documentário com depoimentos de pessoas envolvidas na época, mas sem o testemunho do cineasta. No documentário, o procurador que instruiu o caso, em 1977, confirma que Rittenband rompeu o acordo. Polanski alega que foi traído pelo juiz, como seu advogados tentam demonstrar há três décadas.

E mais: o cineasta diz que o juiz atual David Walgren, que decidiu pedir sua extradição por considerá-lo um fugitivo, está em campanha eleitoral e aproveita de sua celebridade para se promover. Polanski encerra a carta depositando suas esperanças nas autoridades suíças, que vão julgar o pedido de extradição.

O cineasta cumpre prisão domiciliar em sua casa, em Gstaad.
 

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