Bolsonaro está disposto a discutir ajuda do G7 à Amazônia se Macron "retirar insultos"
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (27) que o Brasil está disposto a discutir a ajuda oferecida pelo G7 para combater as queimadas na Amazônia se seu colega francês Emmanuel Macron "retirar os insultos". A presidência francesa ainda não reagiu.
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"Primeiramente, o senhor Macron deve retirar os insultos que fez à minha pessoa. Primeiro me chamou de mentiroso. E depois, a partir de informações que eu tive, disse que a nossa soberania está em aberto na Amazônia", afirmou o presidente brasileiro. A declaração foi feita a jornalistas que o entrevistavam sobre o anúncio do ministro-chefe da Casa Civil de que o Brasil iria recusar a ajuda de US$ 20 milhões do G7.
"Para conversar ou aceitar qualquer coisa da França, que seja das melhores intenções possíveis, ele vai ter que retirar essas palavras e daí a gente pode conversar", acrescentou Bolsonaro.
Recusa do Brasil
Na noite de segunda-feira (26), Onyx Lorenzoni, da Casa Civil, informou que o Brasil recusou a ajuda dos países do G7 para combater os incêndios na Amazônia, e aconselhou o presidente francês a cuidar da "sua casa e das suas colônias".
"Agradecemos, mas talvez estes recursos sejam mais relevantes para reflorestar a Europa", confirmou Lorenzoni em entrevista à RFI. O fundo emergencial para os países amazônicos foi anunciado por Macron durante a Cúpula do G7, em Biarritz, encerrada na segunda-feira.
"O Macron não consegue sequer evitar um previsível incêndio em uma igreja que é um patrimônio da humanidade e quer ensinar o quê para nosso país?! Ele tem muito o que cuidar em casa e nas colônias francesas", disparou Onyx a jornalistas brasileiros.
(Com informações da AFP)
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