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EUA/França

Francês e inglesa são elos fundamentais na rede de pedofilia revelada pelo caso Epstein

A imprensa francesa traz longas reportagens nesta quarta-feira (14) sobre a conexão francesa do escândalo de pedofilia envolvendo o empresário americano Jeffrey Epstein, que supostamente se suicidou na prisão na semana passada, gerando uma crise nos Estados Unidos.

Ghislaine Maxwell, ex-companheira de Jeffrey Epstein, é acusada de ter participado ativamente da rede de pedofilia do milionário americano.
Ghislaine Maxwell, ex-companheira de Jeffrey Epstein, é acusada de ter participado ativamente da rede de pedofilia do milionário americano. Laura Cavanaugh / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
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O milionário tinha uma mansão de € 8 milhões na célebre avenida Foch, em Paris, muitos amigos e contatos na cidade. Ele teria abusado de várias menores francesas aliciadas por esses conhecidos. Segundo Le Parisien, o círculo de amigos de Epstein em Paris era formado por aristocratas, políticos, decoradores, socialites, traders e empresários da área de novas tecnologias. Cerca de 15 "massagistas" francesas, como eram chamadas as adolescentes recrutadas para manter relações sexuais com o milionário, fazem parte da agenda que ele mantinha na capital francesa.

Agora que Epstein está morto, a imprensa francesa chama a atenção para duas pessoas consideradas peças-chave nas investigações: a inglesa Ghislaine Maxwell, ex-amante e ex-funcionária do milionário, que seria responsável pela cooptação das menores, e o francês Jean-Luc Brunel, ex-proprietário da agência de modelos Karin Models, igualmente acusado de crimes sexuais pela justiça americana, assinala o jornal Libération.

Testemunhas-chave nas investigações

Localizar o agente de modelos, segundo o Libération, tornou-se impossível nas últimas semanas. Há vários anos, Brunel se estabeleceu nos Estados Unidos, em Miami, sempre atuando na área de agenciamento de modelos. Segundo várias pessoas próximas ouvidas pelo Libération na última semana, Brunel é um homem ambicioso, especializado no recrutamento de manequins muito jovens, com quem ele organizava festas em seu apartamento ou em boates parisienses. Algumas dessas modelos, às vezes menores de idade, relataram ter sofrido represálias em suas carreiras por terem recusado o assédio do empresário. Outras acusaram Brunel de estupro, bem antes do escândalo Epstein vir à tona.

Já a inglesa Ghislaine Maxwell, que chama a atenção do Parisien e do jornal conservador Le Figaro, também tem paradeiro desconhecido. Ela desapareceu dos radares em 2016. Confidente, colaboradora e ex-amante de Epstein, Ghislaine Maxwell, hoje com 57 anos, viveria em Londres, segundo seus advogados declararam em 2017, mas sem endereço fixo. Ela é suspeita de recrutar, hospedar e organizar o tráfico de menores para o milionário, mas nunca foi processada pela justiça americana.

Os contatos e conhecidos de Epstein repentinamente perderam a memória, se tornaram mudos ou sumiram, constata o diário popular Le Parisien.

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