França: funcionários fazem greve e param maior fábrica de Nutella do mundo
Assalariados pedem aumento de salário e bônus para melhorar o poder aquisitivo dos trabalhadores mais pobres. Para direção, bloqueio é ilegal
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A fábrica da marca Ferrero situada em Villers-Écalles, em Seine Maritime, no norte da França, está parada há mais de uma semana. Desde terça-feira passada (28), entre 160 e 400 funcionários decidiram interromper a produção para reivindicar melhores salários, mas, também, solicitar investimentos na infraestrutura na usina.
A fábrica francesa é responsável por 25% da produção mundial de Nutella e de parte da barra de chocolate Kinder Bueno. De acordo com sindicato FO, apenas uma linha de produção está operando, a 20% de sua capacidade. Como nenhum caminhão pode entrar ou sair da fábrica, as matérias-primas começam a ficar escassas, gerando temor sobre uma possível escassez do produto nas prateleiras.
Um dos principais motivos do bloqueio é que, durante as negociações anuais obrigatórias, a direção propôs uma alta de apenas € 30 (cerca de R$ 131), segundo o sindicato francês. Os assalariados exigem um aumento de pelo menos 4,5%, levando em conta o volume de negócios da empresa na França, estimado em aproximadamente € 1,3 bilhão.
Para direção, bloqueio é ilegal
Segundo os jornais franceses, em uma mensagem que circulou internamente, a direção da empresa declarou que considera o bloqueio à fábrica “totalmente ilegal” e que deverá aplicar uma decisão judicial. A pena é o pagamento de mil euros por hora e por pessoa que participe do bloqueio. A direção declarou, entretanto, que “pode retomar as negociações”.
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