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Iraque/França

Sobe para 9 n° de jihadistas franceses condenados à morte no Iraque

Mais dois jihadistas franceses foram condenados à morte neste domingo (2) pelo tribunal antiterrorista de Bagdá. Com as duas novas sentenças, sobe para nove o número de cidadãos da França que correm o risco de serem executados no Iraque, provocando polêmica e indignação no país.

Le tribunal antiterrorista de Bagdá já condenou nove jihadistas franceses à morte.
Le tribunal antiterrorista de Bagdá já condenou nove jihadistas franceses à morte. SABAH ARAR / AFP
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Como os primeiros condenados, os dois franceses, de 32 e 28 anos, também são acusados de pertencerem ao grupo Estado Islâmico. Esse crime é passível da pena de morte no Iraque, independentemente do réu ter combatido ou não.

Um dos franceses acusou os serviços iraquianos de tortura. Fodil Tahar Aouidate disse que foi espancado para confessar o crime. Sua acusação foi descartada pelo tribunal que alegou que nenhuma “marca de tortura” foi encontrada em seu corpo.

Esses jihadistas foram presos na Síria pelas forças curdas e transferidos para o Iraque. Os dois últimos franceses desse grupo serão julgados nesta segunda-feira (3), pelo mesmo tribunal.

França em situação delicada

O julgamento dos jihadistas franceses começou há uma semana e cria uma situação delicada para a França. Os condenados têm 30 dias para recorrer da sentença. Durante este prazo, eles receberão proteção consular, serão assistidos pelo embaixador francês no Iraque e informados de seus direitos.

A porta-voz do governo francês, Sibeth Ndiaye, reafirmou neste domingo que o país é contrário à pena de morte e que intervém em alto nível no caso. O objetivo de Paris é transformar a sentença em prisão perpétua.

Desde as primeiras condenações, o ministério das Relações Exteriores reitera sua oposição à pena capital, mas não pensa em repatriar os jihadistas para julgá-los na França. A opinião pública francesa, como em outros países europeus, é hostil ao retorno dos estrangeiros que combateram ao lado do grupo Estado Islâmico.

Diante dessa contradição, várias organizações de defesa dos direitos humanos, como a Human Rights Watch, pedem que a França pare de “terceirizar a gestão de seus cidadãos a sistemas judiciários abusivos que praticam a tortura”.

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