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França/Transfobia

Agressão transfóbica no centro de Paris provoca indignação e reações da classe política

Uma jovem trans foi agredida durante uma manifestação no centro de Paris no domingo (31). A cena foi filmada e o vídeo divulgado nas redes sociais. Uma investigação foi aberta para encontrar os agressores. Associações alertam para o aumento de crimes de cunho transfóbico na França.

Imagem de vídeo mostra a agressão na praça da République, em Paris.
Imagem de vídeo mostra a agressão na praça da République, em Paris. SOS HOMOPHOBIE / TWITTER
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As imagens foram filmadas durante uma manifestação contra o presidente argelino Abdelaziz Bouteflika na praça da République. O vídeo mostra uma mulher trans que tenta sair da estação do metrô e é atacada verbalmente. Ao tentar responder aos insultos, a vítima é alvo de socos e pontapés e só consegue escapar dos agressores com a ajuda de agentes de segurança do metrô.

A associação Stop Homofobia recebeu o vídeo na noite de domingo. Lyes Alouane, militante da organização, foi um dos primeiros a compartilhar as imagens nas redes sociais com a mensagem: “Agressão transfóbica. E nós estamos no coração de Paris. Uma vergonha para nosso país. Uma vergonha para a bandeira que vocês dizem honrar”, lançou, em alusão as bandeiras argelinas que pontuavam o protesto.

O vídeo foi rapidamente compartilhado e suscitou inúmeros comentários. “Cada um deveria poder andar livremente em um espaço público, independentemente de seu sexo ou seu gênero. Esse vídeo mostra que não é o caso e que ainda há muito progresso a ser feito”, declarou Joël Deumier, presidente da associação SOS Homofobia.

Prefeita de Paris reage à agressão

A agressão também foi condenada pela prefeita de Paris, que se disse "indignada". “Os culpados desse ato intolerável devem ser identificados e punidos”, declarou Anne Hidalgo por meio das redes sociais.

A secretária de Estado encarregada da Igualdade entre mulheres e homens e da luta contra as discriminações, Marlène Schiappa, também reagiu dizendo que a cena é “inadmissível”. Ela qualificou as agressões visando a comunidade LGBT+ de uma mistura de “burrice com ódio” e também pediu que os autores sejam punidos pela justiça.

A associação Stop Homofobia informou que a vítima apresentará uma queixa formal nesta quarta-feira (3). Mas a Procuradoria de Paris já abriu uma investigação por violência com circunstâncias agravantes, “cometidas em razão de orientação sexual ou identidade de gênero” da vítima.  

Segundo um relatório anual da SOS Homofobia, o número de agressões de caráter transfóbico registraram uma alta de 54% em 2017 na França, com 186 denúncias recolhidas.

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