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França/ "Coletes amarelos"

"Coletes amarelos" voltam às ruas na França no 20º sábado de manifestações

Os "coletes amarelos" voltaram às ruas na França neste sábado (30), no vigésimo dia de mobilização, reunindo 33.700 manifestantes na França, 4.000 deles em Paris, um volume menor que os 40.500 contabilizados na semana passada, segundo dados do Ministério do Interior.

Manifestantes vestindo coletes amarelos ficam em frente à Torre Eiffel durante o Ato XX (o 20º protesto nacional consecutivo no sábado) do movimento "coletes amarelos" em Paris, França, 30 de março de 2019
Manifestantes vestindo coletes amarelos ficam em frente à Torre Eiffel durante o Ato XX (o 20º protesto nacional consecutivo no sábado) do movimento "coletes amarelos" em Paris, França, 30 de março de 2019 REUTERS/Charles Platiau
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Os manifestantes, que criticam os dados oficiais desde 17 de novembro, quando começaram os protestos, contaram 102.713 pessoas hoje, contra 127.220 em 23 de março.

Após os distúrbios e vandalismo na Champs-Elysées de Paris em 16 de março, a polícia da capital francesa voltou a banir os protestos na famosa avenida, bem como num perímetro incluindo o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.

Duas manifestações e quatro aglomerações foram declaradas, informou a polícia em um comunicado, sem especificar os locais.

Ao meio-dia, cerca de 300 manifestantes estavam reunidos em frente à Gare de l'Est, em Paris. "Nós viemos pelas mesmas razões que em 17 de novembro (o primeiro dia de mobilização). Nós não conseguimos nada desde então", disse Nadine, de 51 anos, que trabalha em Drancy (região de Paris).

"Emmanuel Macron, idiota, vamos pegá-lo em casa", cantavam dezenas de "coletes amarelos". Os manifestantes seguiram então em direção à praça do Trocadéro.

Título de eleitor rasgado

Muitos colaram seu título de eleitor rasgado em seus coletes, poucas semanas antes das eleições europeias de maio.

O movimento dos "coletes amarelos", apolítico, nascido nas redes sociais, questiona a política fiscal e social de Emmanuel Macron desde meados de novembro de 2018.

Diante do grande aparato policial implementado em Paris, as autoridades temem uma deslocalização dos confrontos para as cidades do interior.

Em Bordeaux (sudoeste), um dos redutos deste movimento social sem precedentes e onde o centro da cidade foi, como há várias semanas, proibido aos "coletes amarelos", o novo prefeito Nicolas Florian decretou um dia de "cidade morta", dizendo-se "muito preocupado com o que poderia acontecer".

A prefeitura mencionou a presença anunciada de "centenas de 'black blocs'".

Em Avignon (sul), a prefeitura, que teme a presença de "grupos militantes violentos", proibiu qualquer manifestação ou reunião das 8h às 23h, dentro da cidade e em vários eixos periféricos.

Em Saint-Etienne (centro-leste), Toulouse (sudoeste), Epinal (leste) e Rouen (noroeste), as prefeituras também proibiram manifestações para evitar a violência e vandalismo.

Em Lille (norte), a prefeitura proibiu "manifestações e comícios" em "algumas ruas do centro", permitindo, no entanto, uma "rota alternativa".

(Com informações da AFP)

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