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Brasil/França

"Grande investidor no Brasil, a França está preocupada", diz jornal Le Parisien

Para quem tem curiosidade em saber o que pensam investidores e autoridades francesas instaladas no Brasil sobre um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), a resposta está no jornal Le Parisien desta sexta-feira (12): "Grande investidor no Brasil, a França está preocupada", diz a manchete da página 7.

O jornal Le Parisien desta sexta-feira (12) destaca a preocupação das empresas francesas instaladas no Brasil com um eventual governo de extrema direita.
O jornal Le Parisien desta sexta-feira (12) destaca a preocupação das empresas francesas instaladas no Brasil com um eventual governo de extrema direita. Fotomontagem RFI
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A França é o quarto maior investidor estrangeiro no Brasil. O desempenho de grandes multinacionais, como Total, L'Oréal, Renault, Peugeot, os grupos Alstom, Carrefour, Casino, Michelin e Engie, interfere diretamente nos ganhos e perdas do índice CAC 40 da Bolsa de Valores de Paris.

As cerca de mil filiais francesas instaladas no Brasil empregam 30 mil pessoas, a grande maioria – 20 mil – inscritas como residentes franceses no Brasil. Autoridades do governo e multinacionais acompanham a evolução da campanha presidencial na maior discrição.

Le Parisien explica que os investidores franceses sentiram a decepção, depois de um primeiro momento de euforia encerrado o primeiro turno, quando se deram conta que Bolsonaro pode não aplicar o programa ultraliberal que promete o economista Paulo Guedes. Pior: o programa econômico de Bolsonaro permanece totalmente opaco, marcado pelas contradições entre ele e seu guru econômico amplamente divulgadas na mídia.

Entre as autoridades francesas é a mesma interrogação e sigilo, já que os dois países assinaram uma parceria estratégica global e recíproca que envolve vultosos contratos de venda de armas e transferência de tecnologia ao Brasil.

"Apologista da ditadura"

O jornal Ouest France comenta a coletiva de Bolsonaro ontem à tarde, apresentando o candidato do PSL como um "apologista da ditadura (1964-1985)". Esse diário, com tiragem de 700 mil exemplares na região oeste da França, conta que Bolsonaro nega ser de extrema direita, mas afirma ter se aproximado do presidente americano, Donald Trump, por admiração.

Nos programas matinais de rádio, a emissora France Culture diz que a tensão aumentou depois do primeiro turno, com a multiplicação das agressões cometidas por eleitores de Bolsonaro, incluindo o assassinato do mestre de capoeira baiano Romualdo Rosário da Costa numa discussão em que afirmou votar no PT, e outros 50 casos relatados na imprensa brasileira.

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