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França

Político francês que elogiou assassinato de coronel é condenado por apologia do terrorismo

O ex-candidato ao Parlamento francês Stéphane Poussier, que concorreu às legislativas do ano passado pelo partido de extrema-esquerda A França Insubmissa, foi condenado nesta terça-feira (27) a um ano de prisão por apologia do terrorismo. Em uma série de tuítes e mensagens publicadas em seu perfil no Facebook, ele havia se felicitado pela morte do coronel Arnaud Beltrame, o militar que deu sua vida para salvar uma refém no ataque terrorista de sexta-feira (23) passada no sul da França.   

Franceses depositam flores em frente ao quartel de Carcassonne, onde trabalhava o coronel Beltrame.
Franceses depositam flores em frente ao quartel de Carcassonne, onde trabalhava o coronel Beltrame. Eric CABANIS / AFP
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Os insistentes pedidos de desculpas de Poussier, julgado em comparecimento imediato, não convenceram o juiz. Além da pena de prisão, com direito a surcis, ele foi condenado a sete anos de privação de seus direitos civis. Durante esse período, Poussier não poderá votar, se candidatar a eleições e exercer diversas atividades diante de tribunais, como atuar como testemunha em processos ou exercer tutela e curatela de menores.

Quando soube da morte do coronel, Poussier, 60 anos, escreveu no Twitter: "A cada vez que um militar é abatido, eu penso no meu amigo Rémi Fraisse", um jovem militante ecologista morto em 2014, depois de ser atingido por uma granada lançada por um militar durante uma operação policial para dissipar uma manifestação de ambientalistas. Em um segundo tuíte, ele acrescentou: "E ainda um coronel, que chance! E acessoriamente, um eleitor de Macron a menos".

Expulsão do partido

As mensagens foram condenadas pelo partido A França Insubmissa. Seu líder e ex-candidato à eleição presidencial, Jean-Luc Mélenchon, determinou a exclusão de Poussier do partido, no sábado (24), e advertiu que iria prestar uma queixa contra o antigo candidato por apologia do terrorismo.

O coronel Beltrame tornou-se um herói nacional depois de ser assassinado pelo franco-marroquino Radouane Lakdim, um muçulmano radicalizado que matou outras três pessoas durante uma série de ataques perto de Carcassone, no sul da França, na última sexta-feira. O atentado foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.

Depois de se oferecer para ocupar o lugar de uma mulher que era mantida como refém por Lakdim dentro de um supermercado em Trèbes, o militar foi morto pelo terrorista com um corte no pescoço e vários disparos de uma pistola 9 mm.

Uma homenagem nacional é organizada nesta quarta-feira em memória aos mortos no ataque.

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