Morte de Johnny Hallyday ocupa toda a imprensa francesa
A França está de luto. A imprensa desta quinta-feira, 7 de dezembro, dá destaque excepcional à morte de Johnny Hallyday o maior ídolo do rock francês.
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Todos os jornais desta manhã dão foto de página inteira da legenda da música pop, que morreu às duas horas da manhã de quarta-feira (6), quando já era tarde para que as homenagens fossem impressas nos jornais de ontem.
O jornal Le Figaro, que dedicou um caderno especial a Hallyday, despediu-se do cantor aclamando-o como “um tesouro nacional”.
O Aujourd’hui en France reservou 32 páginas da sua edição de hoje para Johnny Hallyday, chamando-o de “lendário” na primeira página.
Já o Le Monde, que, sendo vespertino, conseguiu noticiar a morte do cantor ainda ontem, deu-lhe espaço na metade superior da primeira página, chamando-lhe “um ídolo francês”.
A revista Le Point, por sua vez, publicou um número especial de 100 páginas inteiramente dedicado à vida do cantor, da sua infância aos seus últimos dias, passando não somente por sua vasta obra musical, mas também sua carreira cinematográfica, na qual estrelou mais de vinte longa-metragens.
Em cinquenta e sete anos de carreira, Johnny Hallyday gravou cinquenta álbuns de estúdio, além de vinte e sete álbuns gravados ao vivo. Ao todo, o roqueiro francês vendeu mais de cem milhões de cópias de seus discos.
Não será esquecido
Sobre a morte de Hallyday, o presidente da França Emmanuel Macron publicou em seu Twitter, que “todos os franceses têm algo de Johnny Hallyday. Seu público de fãs e admiradores está em lágrimas. Os franceses não esquecerão nem seu nome, nem seu rosto, nem sua voz. Ele está agora no panteão da música, ao lado das lendas do rock e do blues que ele tanto amava”.
Johnny Hallyday foi casado cinco vezes, tendo dois filhos naturais e dois adotivos. Sua última mulher, que o acompanhou durante vinte e dois anos, foi Laeticia Hallyday, 30 anos mais nova que ele, com quem o cantor adotou duas crianças do Vietnam.
Sofrendo de câncer desde novembro de 2016, Johnny Hallyday morreu aos 74 anos. Apesar do violento tratamento com quimioterapia, o cantor continuava a trabalhar, garantindo a seus amigos que cantaria até o dia da sua morte.
Neste sábado a prefeitura de Paris planeja interditar a avenida des Champs Élysées, por onde passará o cortejo de Johnny Hallyday, seguido por centenas de milhares de fãs.
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