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Macron faz teste em hospital de Paris no Dia Mundial da Luta contra a Aids

O presidente francês, Emmanuel Macron, lembrou nesta sexta-feira (1°), que "a batalha contra a AIDS não foi ganha", pedindo aos franceses que "se protejam melhor", por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a Aids. Ele realizou um teste de detecção do vírus em um hospital da região parisiense.

O presidente francês Emmanuel Macron realiza teste de Aids em hospital da periferia parisiense, em 1° de dezembro de 2017.
O presidente francês Emmanuel Macron realiza teste de Aids em hospital da periferia parisiense, em 1° de dezembro de 2017. REUTERS/Charles Platiau
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Cerca de 5.000 pessoas seguem o tratamento preventivo contra o vírus da AIDS na França. Conhecido como PrEP, ele é autorizado e reembolsado em sua totalidade pelo governo francês desde janeiro de 2016, de acordo com dados divulgados pela Agência do Medicamento (ANSM).

Macron, que passou a manhã com a equipe do hospital Delafontaine, em Saint-Denis, na periferia de Paris, que acolhe pacientes precários, como migrantes e realizou um teste de Aids no local.  "Nós não ganhamos a batalha contra a doença: devemos nos proteger, ser testados, além de tratar e aceitar, na sociedade, aqueles que convivem com o HIV", disse o presidente francês, acompanhado por sua esposa, Brigitte.

"Eu insisto: todos aqueles que têm um comportamento sexual arriscado ou dúvidas em relação ao parceiro devem ser testados. Isto é essencial", acrescentou, enquanto ele próprio se submetia a um exame de sangue. "Seis mil pessoas foram detectadas com o vírus, mas há muitos mais que não foram detectados", disse ele.

Esta "epidemia oculta" é estimada em 25 mil doentes, ou seja, 20% das 150 mil pessoas HIV-positivas na França. Eles são responsáveis ​​por 64% das novas infecções. Este número representa "entre 300 e 400 novos contaminados por mês", um "aumento constante mas moderado", disse o ANSM em comunicado oficial do Dia Mundial da Luta contra a Aids.

Tratamento preventivo

O princípio da PrEP ("profilaxia pré-exposição") é simples: toma-se comprimidos do Truvada (ou seus genéricos) enquanto se é soronegativo, para bloquear o vírus. O medicamento era combinando a dois antirretrovirais quando foi inicialmente destinado a pacientes positivos para HIV.

A maioria dos pacientes, 97,5%, são homens, com uma idade média de 38 anos, segundo a Agência do Medicamento da França, o segundo país, depois dos Estados Unidos, a autorizar a PrEP, e o primeiro a reembolsar a profilaxia a 100%. "O número de pessoas que iniciaram o tratamento preventivo em 2016 (cerca de 3.000) provavelmente ainda é muito fraco para se avaliar o impacto", analisou a agência de saúde pública do país, em documento divulgado na terça-feira (28).

A PrEP é seguida por um rigoroso acompanhamento. Os usuários devem ser testados a cada três meses, inclusive para possíveis infecções sexualmente transmissíveis, que a PrEP não protege. Os críticos ao tratamento o acusam de promover comportamentos de risco, incentivando o abandono de preservativos.

PrEP "faz parte de uma estratégia de prevenção diversificada" incluindo "promover o uso de preservativos (e) a prática de triagem regular", respondeu a ANSM.

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