Militares patrulham ilha francesa davastada por furacão para evitar saques
Uma semana após a passagem do furacão Irma pelas Antilhas Francesas, no Caribe, militares franceses enviados da metrópole iniciaram as patrulhas para evitar saques e outros atos de delinquência em São Bartolomeu e principalmente na parte francesa de St. Martin.
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Pierre Olivier, enviado especial a St. Martin
Apesar dos esforços das autoridades, da defesa civil e da própria população para tentar restabelecer um ritmo de vida normal em St. Martin, alguns bairros da ilha continuam com as ruas cobertas de entulho, sem água potável e com problemas no fornecimento de energia elétrica. Os geradores têm ajudado, mas durante a madrugada a ilha mergulha na escuridão.
O toque de recolher para evitar a onda de saques registrada após a passagem do furacão, que destruiu 95% das construções, foi prolongado até 21 de setembro. Entre 19h e 7h, ninguém pode sair à rua. Em meio à tragédia, vândalos atacaram durante vários dias lojas e supermercados, invadiram as casas abandonadas ou destruídas pelos ventos, para roubar tudo o que havia restado de aproveitável. Por isso, os estoques de água e de comida baixaram rapidamente, acrescentando um problema aos desabrigados.
É como se a ilha ainda estivesse em coma, gravemente ferida, relata o enviado especial da RFI, Pierre Olivier. Coqueiros sem folhas deitados nas estradas, carros amontoados uns sobre os outros, casas pulverizadas pela tempestade, pequenos aviões virados na pista do aeroporto de St. Martin, nenhuma zona da ilha resistiu à fúria de Irma, conta o repórter.
Nas ruas de Marigot, a principal cidade da parte francesa de St. Martin, são soldados do batalhão de paraquedismo de Carcassone que patrulham as ruas para garantir a segurança. Os militares armados, que esperavam encontrar uma população abatida, dizem estar surpresos com a coragem dos moradores de St. Martin. "Eles já passaram à ação e a principal preocupação agora é remover todo o rastro de destruição deixado por Irma", conta um tenente.
Depois de visitar as ilhas durante dois dias, o presidente Emmanuel Macron prometeu "uma reconstrução exemplar".
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