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Discriminação, Mercado de Trabalho

Norte-africanos são mais discriminados no mercado de trabalho francês

  Os imigrantes e seus filhos, principalmente os originários dos países da África do Norte, são mais atingidos pelo desemprego que as pessoas nascidas na França, de pais franceses, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Nacional de Estudos Demográfico (Ined), que coloca em evidência uma correlação entre seus sentimentos de discriminação e sua situação objetiva

Desempregados em frente à Agência de Empregos em Paris
Desempregados em frente à Agência de Empregos em Paris Reuters/Christian Hartmann
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O Ined compara a situação dos imigrantes não-europeus no mercado de trabalho e seus sentimentos em matéria de discriminação.

Para poder comparar a situação dos imigrantes à da população majoritária, o instituto “ajustou” a composição destes grupos em função de múltiplos fatores que podem influenciar na sua situação profissional: idade, nível educacional, nível de francês, posse de carteira de motorista, estado de saúde, situação familiar, origem social, nacionalidade francesa ou não, localização geográfica etc.

Apesar do “ajuste”, o Ined observa uma diferença na taxa de desemprego, que, no caso dos africanos do Norte e seus descendentes, é aumentada em 4 ou 5 pontos em relação ao resto da população.

As lacunas no mercado de trabalho francês também são mais evidentes para os norte-africanos que para os imigrantes não-europeus nascidos em outras regiões. Elas sobem até 7 pontos para as mulheres originárias destes países.

Paralelamente, “os imigrantes e seus filhos não-europeus declaram mais que os outros haver vivido situações de recusas injustificadas de trabalho”, nota o Ined, que julga serem significativos os sentimentos de discriminação, mesmo após o “ajuste”.

"Por exemplo, se, em um grupo de pessoas ativas, um homem diplomado, com carteira de motorista, boa saúde etc. está desempregado, enquanto os seus homólogos estão massivamente ocupando postos no mercado de trabalho, isso mostra uma falha, que pode ser indicativa de ‘discriminação à pessoa’, explica o instituto.

(Com informações da AFP)

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