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França/Valls

Sem vocação para "reciclar dissidentes", partido de Macron recusa ex-premiê

A adesão do ex-primeiro-ministro socialista Manuel Valls foi recusada pelo partido criado pelo presidente eleito na França Emmanuel Macron, a República em Marcha.

O ex-premiê Manuel Valls tentou se aproximar do presidente eleito Emmanuel Macron durante toda a campanha
O ex-premiê Manuel Valls tentou se aproximar do presidente eleito Emmanuel Macron durante toda a campanha REUTERS/Philippe Wojazer/File Photo
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Dissidente do partido Socialista, Valls, da ala de direita, não terá sua candidatura analisada para as eleições legislativas, segundo o presidente da comissão do partido, Jean-Paul Delevoye. Os novos representantes da Assembleia francesa serão escolhidos entre 11 e 18 de junho.

Os senadores são eleitos por voto indireto. Em entrevista à rádio francesa Europe 1, Delevoye disse que Valls não preenche os critérios exigidos pelo novo partido República em Marcha. O principal deles, explicou, é ser afiliado à legenda, o que não é o caso do ex-primeiro-ministro.

"As regras são as mesmas para todos", afirmou Delevoye. "Não é oportuno para o movimento integrar essa candidatura, e, ao mesmo tempo, é preciso ouvir o que um ex-premiê tem a dizer", acrescentou. O secretário elogiou a coragem política e a autenticidade de Valls, dizendo que ele é lúcido e coerente, mas que o partido não tem vocação para "reciclar" dissidentes.

Expulsão do Partido Socialista

Manuel Valls, ex-ministro do Interior ex-primeiro-ministro, perdeu as primárias do Partido Socialista para Benoît Hamon, que acabou sendo designado candidato à eleição presidencial. Na época, ele não escondeu seu descontentamento e disse que, com essa opção, os militantes tinham tirado dos socialistas todas as chances de se manter no poder.

Como todo candidato às primárias Valls havia se comprometido a apoiar o vencedor, mas durante a campanha, ele anunciou publicamente que apoiaria Emmanuel Macron, que foi ministro da Economia do governo de François Hollande em 2014. Atualmente, sua exclusão do Partido Socialista está sendo analisada pela comissão de conflitos, acionada em abril depois dele declarar seu apoio ao presidente eleito. Para o secretário-geral do partido, Jean-Christophe Cambadélis, Valls “não facilita o trabalho da comissão”.

A questão é saber qual será a posição do premiê, que corre o risco de ficar sem partido. A Comissão do PS deve se pronunciar nos próximos dias.
 

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