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Novos ataques entre Trump e Clinton são destaque na imprensa francesa

A troca de farpas entre os candidatos e a retomada da investigação sobre os emails de Hillary Clinton, durante a campanha presidencial americana são os principais destaques dos jornais franceses desta terça-feira (1°).

Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata à Casa Branca, durante comício desta segunda-feira (31) em Ohio, nos Estados Unidos.
Hillary Clinton, candidata do Partido Democrata à Casa Branca, durante comício desta segunda-feira (31) em Ohio, nos Estados Unidos. REUTERS/Brian Snyder
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O diário econômico Les Echos pergunta em sua manchete: "Emails de Hillary Clinton: o chefe do FBI violou a Lei?". Em tom irônico, o jornal francês afirma que o assunto das mensagens eletrônicas ressurgem na corrida presidencial pela Casa Branca "como um bom e velho spam". Segundo a publicação, o líder democrata, Harry Ried, acusou em uma carta o diretor do FBI de ter violado a lei federal americana escrevendo aos congressistas para lhes informar sobre a reabertura do processo contra Hillary Clinton.

Les Echos publica a declaração do chefe do Partido Democrata americano: "Suas ações nos últimos meses têm mostrado uma linguagem perturbadora de duplo sentido no tratamento de informações importantes, no que parece ser uma clara intenção de ajudar uma parte em detrimento da outra".

O jornal sublinha o fato da lei americana não permitir que um agente federal possa utilizar sua autoridade oficial para "interferir no resultado de uma eleição". O diário francês afirma ainda que a acusação do líder do Partido Democrata dispõe de fatos a seu favor, como "o estranho contraste com que o chefe do FBI lida com os emails de Hillary Clinton e a maneira com que ele trataria as informações explosivas sobre as relações estreitas entre Donald Trump, seus assessores e o governo russo".

Les Echos afirma ainda que é necessário saber se o FBI possuía "autorização legal" para pesquisar mensagens no servidor de Huma Abedin, a assessora de Hillary cujo marido é acusado de trocar emails com menores de idade. Caso esta atuorização não seja provada, "o FBI poderá ter violado a Quarta Emenda da Constituição Americana, que garante os direitos dos cidadãos contra este tipo de investigação privada", afirma Les Echos.

O contra-ataque de Clinton e a reação de Donald Trump

Le Figaro traz como destaque o título "O caso dos emails: não existe nada, garante Clinton". O jornal francês afirma que a candidata democrata reconheceu um "erro" durante o comício de ontem à noite em Ohio, garantindo porém que "o FBI não encontraria nada de comprometedor" nas novas mensagens descobertas. "Donald Trump prevê, no entanto, uma crise institucional se sua rival for eleita à Casa Branca", afirma Le Figaro em seu site.

O jornal cita a declaração de Clinton em Ohio, um dos estados com tradição de voto democrata, mas ainda bastante indeciso em relação à Trump: "Eu não estou procurando desculpas, é um erro e eu me arrependo disso", disse a candidata democrata sobre sua decisão de usar um servidor privado de e-mails quando era chefe da diplomacia norte-americana. "Tenho certeza que eles vão chegar à mesma conclusão de quando analisaram meus emails no ano passado", afirmou Hillary, que considerou "sem precedentes e profundamente inquietante" o fato do chefe do FBI ter enviado aos congressistas americanos uma carta anunciando a reabertura do processo.

O diário francês destacou ainda a fala do candidato republicano Donald Trump que pediu a seus eleitores que lhe dessem "as chaves da Casa Branca" para evitar um "desgaste político prolongado". Le Figaro finaliza sua análise dizendo que a Casa Branca preferiu permanecer "neutra" em relação ao FBI e à "tempestade política" causada pelo envio da carta aos líderes do Congresso americano.

 

 

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