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França/ terrorismo

Papa vai acelerar beatificação de padre francês degolado pelo EI

O papa Francisco aceitou acelerar o processo de beatificação do padre francês Jacques Hamel, degolado em julho por dois jihadistas que diziam pertencer ao grupo Estado Islâmico (EI). O anúncio foi feito neste domingo (2) pelo arcebispo de Rouen Dominique Lebrun, durante a missa que marcou a reabertura da igreja onde ocorreu o crime, em Saint-Etienne-du-Rouvray, no noroeste da França.

Em 14 de setembro, papa Francisco homenageou o padre Jacques Hamel, em uma cerimônia no Vaticano.
Em 14 de setembro, papa Francisco homenageou o padre Jacques Hamel, em uma cerimônia no Vaticano. Osservatore Romano/ Handout via REUTERS
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Em geral, a igreja católica aceita iniciar um processo de beatificação apenas cinco anos depois da morte. Essa é a primeira etapa para santificar um religioso, que, a princípio, deve ter realizado um milagre. A obrigação, porém, pode ser derrubada se o candidato foi morto “pelo ódio à fé” católica.

“O padre Francisco me dispensou do prazo de cinco anos”, disse o arcebispo Lebrun. “Por isso, decidi preparar o procedimento imediatamente”, informou. Há duas semanas, Francisco havia descrito o padre Hamel como “um mártir”.

O ataque ao sacerdote, o primeiro em uma igreja católica na Europa, ocorreu menos de duas semanas depois do atentado que deixou 87 mortos em Nice, no sudeste da França, em 14 de julho, feriado nacional do país. Hamel, de 85 anos, foi atingido durante uma missa, por dois jovens de 19 anos.

Após crime, união de católicos e muçulmanos

A reabertura da igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, onde o padre foi morto em frente a uma dezena de fiéis, foi marcada por uma cerimônia que contou com a presença de muçulmanos da região. A celebração, explicou o arcebispo, serviu para "superar a profanação" e pregar "reconciliação" entre católicos e muçulmanos.

Depois de uma procissão pelas ruas da cidade, centenas de pessoas se reuniram na frente da igreja. "É uma nova etapa da cicatrização, da recuperação", disse o prefeito comunista da pequena cidade de 27 mil habitantes, Hubert Wulfranc. Ele pretende construir um monumento em homenagem ao padre Hamel.

A tragédia em Saint-Etienne du Rouvray levou milhares de muçulmanos a visitar igrejas em toda a França para manifestar apoio à comunidade católica e repudiar os ataques. "Todos nós estamos aqui. Somos contra isso tudo que aconteceu, também fomos muito abalados", explicou à AFP Aïssa Habbani, tesoureiro da mesquita da cidade.

Com informações da AFP
 

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