Segundo autor do ataque em igreja na França é identificado

O segundo autor do ataque jihadista a uma igreja de Saint Etienne du Rouvray, perto de Rouen,no norte da França, foi oficialmente identificado nesta quinta-feira (28) pela polícia, que não tinha suas digitais.

O segundo homem envolvido no assassinato do padre Jacques Hamel em uma igreja da França na terça-feira foi formalmente identificado. CHARLY TRIBALLEAU / AFP

Segundo a promotoria de Paris, Abdel Malik Petitjean, 19 anos tornou-se recentemente alvo de investigações por suspeita de terrorismo. Ele tentou ir para a Síria passando pela Turquia – um trajeto conhecido pelos combatentes do grupo Estado Islâmico. Como nunca foi condenado, suas impressões digitais não constavam nos bancos de dados da Justiça. Para poder identificá-lo oficialmente, a polícia precisou de amostras do DNA de sua mãe.

O segundo terrorista, que participou da ação ao lado de Adel Kermiche nesta terça-feira (26) se parece muito com um suspeito procurado pela polícia desde o dia 22 de julho, três dias antes do atentado à igreja, onde o padre Jacques Hamel foi degolado.

França havia sido alertada sobre projeto terrorista

A unidade de coordenação da luta antiterrorista havia sido alertada por agentes estrangeiros que um homem, que ainda não havia sido identificado, “estaria pronto para executar um atentado em território nacional”. A informação veio acompanhada de uma foto que se parece muito com o segundo suspeito.

Mas, sem conhecer a identidade do jovem, seu alvo, ou a maneira de executar o ataque, as unidades de luta contra o terrorismo não conseguiram identificar o suspeito. No dia 24 de julho, durante uma batida policial, os investigadores acharam um vídeo em um telefone, onde um rapaz, que se parece com o segundo autor do ataque, jura fidelidade ao grupo Estado Islâmico.

Pessoas próximas são detidas para interrogatório

Dois dias mais tarde, ele foi morto pelas forças policiais na saída da igreja de Saint Etienne du Rouvray, depois de matar o padre da paróquia e manter vários fiéis como reféns. Três pessoas próximas do jihadista foram detidas para interrogatório, com o objetivo de fornecer mais elementos “sobre o perfil do assassino”. Por enquanto não é possível saber se elas têm ligação com a ação terrorista.

Um menor argelino de 16 anos também foi detido na terça-feira e continua sendo interrogado. Seu irmão é alvo de um mandado de busca e apreensão por ter viajado para uma região entre Iraque e a Síria em março de 2015 com os documentos de Kermiche. Aparentemente, ele não tem nenhuma ligação com o ataque.