Apesar de atentados, franceses se sentem seguros no transporte público

A maioria dos franceses se sente segura nos transportes públicos, apesar da ameaça de atentados. Este é o resultado de um relatório publicado nesta terça-feira (12) pelo Observatório Nacional da Delinquência, que abrange os anos de 2009 a 2013 e ouviu 52 mil pessoas maiores de 14 anos.

A maioria dos usuários se sente segura no transporte público, revela estudo. MARTIN BUREAU / AFP

Apesar da ameaça de novos atentados, segundo o documento, 54% dos usuários, o equivalente a 52 mil pessoas, se consideram “em segurança” e 29% deles estimam que estão seguros “na maior parte do tempo.” Em contrapartida, 16% deles se sentem “raramente” em segurança. “Essa proporção varia de acordo com o sexo, a idade e a frequência com que a pessoa anda de ônibus, metrô ou trem”, diz o documento.

Como já era esperado, as mulheres se sentem mais em perigo do que os homens. Cerca de 20% delas declaram que nunca se sentem em segurança. Quase a metade delas, 49%, se sentem sempre seguras, contra 61% dos homens. O assédio sexual, comum nos transportes, explica essa desconfiança feminina.

Jovens se sentem mais inseguros

O sentimento de segurança nos transportes cresce com a idade. Apenas 52% dos jovens entre 14 e 25 anos se sentem tranquilos, contra 67% dos maiores de 66 anos. “As diferenças podem ser explicadas pelo uso de meios de transporte diferentes em horários diferentes”, diz o relatório.

“Os trens de alta velocidade são mais usados pelos aposentados, por exemplo, que pelos adolescentes, e também são considerados como transportes públicos da mesma maneira que o metrô”, conclui o documento.

Apenas um estudo mais aprofundado poderia verificar essa hipótese. A estrutura dos resultados é similar às conclusões do estudo anterior, feito entre 2007 e 2008. Na época, a proporção de homens se sentindo em segurança já era maior do que das mulheres.