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Atentados de Paris

Francesa se fez passar por vítima de atentado para receber indenização

Uma francesa de 24 anos, que fingiu ser vítima dos atentados de 13 de novembro em Paris, deve ser julgada em breve por tentativa de fraude. O anúncio foi feito nesta terça-feira (7) pelo tribunal de Versalhes.

Imagem feita diante do restaurante Le Carillon, no 10° distrito de Paris, na noite do 13 de novembro.
Imagem feita diante do restaurante Le Carillon, no 10° distrito de Paris, na noite do 13 de novembro. REUTERS/Philippe Wojazer
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A jovem se apresentou no dia 22 de dezembro do ano passado à polícia, se fazendo passar por vítima do ataque contra o restaurante Le Carillon, no 10° distrito de Paris. Na fatídica noite do 13 de novembro, um dos terroristas abriu fogo contra os frequentadores do local.

Graças às falsas declarações, a mulher conseguiu receber uma indenização do Fundo de Garantia das Vítimas de Atos de Terrorismo (FGTI, sigla em francês), além de uma ajuda financeira destinada às pessoas com deficiência.

Simulando uma imobilização do braço, sempre escondido, ela disse à polícia que precisava receber um transplante de pele. O suposto ferimento foi exibido aos investigadores em uma foto.

As suspeitas sobre a veracidade do depoimento da mulher começaram quando ela passou a mencionar ter se ferido em "uma explosão" no 13 de novembro. No entanto, a arma utilizada pelo agressor no restaurante Le Carillon foi um fuzil.

Incoerências no depoimento

Intrigada, a Sub-direção Antiterrorista da Polícia Judiciária (SDAT, sigla em francês) encontrou várias incoerências no relato da jovem. Investigadores descobriram, por exemplo, que o médico que assinou o atestado apresentado por ela, na verdade, nunca a atendeu. O nome da jovem também não consta de nenhuma lista de vítimas dos hospitais. E a foto do braço ferido foi encontrada pelos na internet, mas pertencia a outra pessoa.

Detida para interrogatório em fevereiro, a mulher reconheceu ter mentido e foi convocada a depor pelo tribunal de Versalhes. Casada e mãe de um recém-nascido, ela deve se apresentar à audiência sem advogado e confrontar o médico de quem falsificou documentos e representantes dos organismos de assistência à vítimas de atentado e pessoas com deficiência dos quais recebeu indenizações. Ela pode receber uma pena de até cinco anos de prisão e ser obrigada a pagar uma multa de € 375 mil.

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