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França/Lei trabalhista

Hollande diz que não recua na proposta de nova lei trabalhista

O presidente francês, François Hollande, prometeu nesta sexta-feira (27) seguir adiante com a polêmica reforma trabalhista, apesar das greves e manifestações que paralisaram diversos setores da economia da França.

Policiais francêses lançam bombas de gás lacrimogênio contra manifestantes, em Paris.
Policiais francêses lançam bombas de gás lacrimogênio contra manifestantes, em Paris. REUTERS/Charles Platiau
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"Permanecerei firme porque acredito que é uma boa reforma e devemos continuar até sua adoção", disse aos jornalistas ao fim da cúpula do G7 do Japão, acrescentando que a França garantirá a "liberdade de circulação" dos cidadãos afetados pelas greves de trens e os bloqueios de refinarias e depósitos de combustível.

"Nosso primeiro dever é (...) fazer de tudo para que os consumidores possam se abastecer de combustível, fornecer serviços públicos essenciais, permitir o transporte de todos e garantir o bom funcionamento da economia", afirmou.

"Tomamos todas as medidas necessárias e seguiremos tomando-as, sempre no respeito das liberdades, mas também com a primeira destas liberdades, que é a liberdade de circular", insistiu.

Hollande deu a entender que adaptações ainda poderão ser feitas no projeto de reforma trabalhista. "O texto irá ao Senado e depois voltará à Assembleia Nacional, e é neste contexto que as discussões devem ser realizadas", acrescentou.

Sindicatos mantêm greves

A situação continua tensa na França, um dia após as manifestações de rua contra a reforma da legislação trabalhista que terminaram em violência em Paris e outras cidades. Um manifestante ficou gravemente ferido. Oito sindicatos renovaram nesta sexta-feira o apelo para manter e ampliar a mobilização contra a reforma trabalhista, que segundo eles, beneficia empresas e diminui direitos dos trabalhadores.

Continuam as greves em refinarias, depósitos de combustíveis e portos para tentar paralisar o país. Nove centrais nucleares, das 19 do país, registram quedam na produção. Hoje, as forças de ordem desbloquearam o depósito de Donge, no oeste do país. Não houve incidentes.

A situação do abastecimento dos postos de gasolina do país parece ter melhorado nesta sexta-feira. O governo continua promovendo a desocupação das refinarias, mas seis das oito unidades existentes na França continuam paradas ou com a operação mais lenta em razão dos protestos dos sindicalistas. Um terço dos postos do país (2.200 no total) estão completa ou parcialmente sem estoque e 66 estabelecimentos mantêm os serviços na integralidade, a pedido do governo.

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