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Política

Ministro da Economia francês lança movimento político visando a presidência

A imagem do ministro da Economia francês, Emmanuel Macron, de 38 anos, domina as capas dos jornais franceses nesta sexta-feira (8). Ontem, Macron lançou seu movimento político "Em marcha", com a intenção de disputar nos próximos anos a presidência da República.

O ministro da Economia, Emmanuel Macron (à direita), conversa com François Hollande.
O ministro da Economia, Emmanuel Macron (à direita), conversa com François Hollande. REUTERS/Philippe Wojazer
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Macron é uma estrela em ascensão na vida política francesa. Admirado pelos que apreciam a forma direta como ele denuncia o esclerosado sistema político e a burocracia econômica dominante, ele é odiado por comunistas, ecologistas e boa parte da militância socialista, que o consideram um traidor de direita, por suas propostas de cunho liberal.

Formado na reputada Escola Nacional de Administração (ENA), antes de chegar ao governo, Macron trabalhou como inspetor de finanças na função pública e foi gestor de fusões no banco de investimentos Rothschild. Considerado um profissional brilhante, ele foi chamado para assessorar François Hollande diretamente no Palácio do Eliseu logo após a eleição, em 2012. Durante dois anos, Macron pilotou a maioria das reformas realizadas pelo governo socialista, a ponto de provocar uma fratura na esquerda.

Macron alça voo livre arriscado

A forma franca como ele expõe as feridas do país levaram Hollande e o primeiro-ministro Manuel Valls a proibi-lo de falar em público nas últimas semanas. Desafeto do primeiro-ministro, que também sonha com o Eliseu, Macron também se tornou uma pedra no sapato de Hollande. Os franceses admiram seu dinamismo, a firmeza e a coragem com que enfrenta o debate político, o oposto do atual presidente.

Nos últimos meses, Macron bateu de frente com o primeiro-ministro Manuel Valls, que também representa uma ala mais à direita no Partido Socialista. A rivalidade entre o ministro e o chefe de governo já é lendária. Eles mal se falam.

O jornal Le Figaro tem dúvidas se Macron, sozinho, conseguirá reunir apoio suficiente em torno de seu novo movimento político para disputar a eleição presidencial.

Libération observa que ao se posicionar como líder de um movimento político que não é nem de direita, nem de esquerda, Macron se apresenta como um "elétron livre, ambicioso e com um grande ego".

Alguns analistas acreditam que se fracassar em seu voo 'solo', Macron vai aterrissar em algum partido tradicional de direita.

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