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Córsega / Ataques

Após ataques racistas, governo da Córsega proíbe manifestações

O governador da ilha francesa da Córsega, Christophe Mirmand, proibiu na noite de sábado (26) manifestações no bairro de imigrantes Les Jardins de L'Empereur, na capital Ajaccio, após dois dias de protestos e de ataques racistas. As violentas manifestações começaram na sexta-feira (25), quando cerca de 600 pessoas se reuniram para protestar contra a agressão a dois bombeiros e a um policial no mesmo bairro, vítimas de "numerosos jovens encapuzados".

Manifestação em Ajaccio
Manifestação em Ajaccio YANNICK GRAZIANI / AFP
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Sem nenhuma prova, os manifestantes supuseram que os agressores eram imigrantes árabes, e um pequeno grupo pichou, saqueou e incendiou uma sala de orações muçulmana e depredou um restaurante árabe.

A proibição do governo durará pelo menos até o dia 4 de janeiro e se refere a qualquer manifestação. Pelo segundo dia consecutivo, no sábado, centenas de corsos marcharam por bairros de imigrantes agritando "Esta é nossa casa" e "Fora árabes".

Repercussão

Várias autoridades francesas se manifestaram sobre os incidentes. "Após a agressão intolerável, a profanação inaceitável de uma sala de orações muçulmana. Respeito à lei republicana", exigiu o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, no Twitter. O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, condenou as agressões e denunciou "intoleráveis vícios de racismo e xenofobia".

O recém-eleito presidente da Córsega, Gilles Simeoni, que, pela primeira vez, levou os nacionalistas ao poder, denunciou "atos racistas totalmente contrários à Córsega que aspiramos".

O Observatório Nacional contra a Islamofobia, do Conselho Francês do Culto Muçulmano (CFCM), "condenou veementemente" o ocorrido "em um dia de oração para muçulmanos e cristãos", referindo-se ao fato de que, este ano, o Natal caiu no mesmo dia do Muled, a festa muçulmana que celebra o nascimento do profeta Maomé.

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