Grupo Estado Islâmico: novas prisões na Bélgica

Dois irmãos foram detidos no domingo (20) à noite, em Bruxelas, durante uma operação policial no centro da cidade, no âmbito da investigação ligada aos atentados de Paris. Os suspeitos foram encaminhados para interrogatório. 

Bairro de Molenbeek: nova operação da polícia belga em Bruxelas. REUTERS/Yves Herman

A procuradoria federal belga ainda não deu informações sobre a identidade dos dois suspeitos. A detenção aconteceu no bairro Dansaert, nas proximidades da Grande Praça de Bruxelas e do bairro de imigrantes Molenbeek, reduto de jihadistas.

A polícia belga continua a buscar Salah Abdeslam, um francês de 26 anos, considerado um dos mentores dos atentados de 13 de novembro.

A imprensa francesa divulgou no domingo (20) uma informação surpreendente sobre esse suspeito. Abdeslam conseguiu passar por três controles policiais depois dos atentados, quando fugia de carro para a Bélgica.

A informação é da testemunha Hamza Attou, um amigo suspeito de ter ajudado Abdeslam a escapar para a capital belga. Junto com outra pessoa, ele contou que foi obrigado por Abdeslam a levá-lo de carro à Bélgica. Abdeslam teria dito que explodiria o carro, caso não fosse levado à Bélgica, e se vangloriou de ter matado várias pessoas com um fuzil kalachnikov, acrescentando que ele era o único terrorista sobrevivente.

Para evitar os controles policiais, Abdeslam pediu aos amigos que usassem estradas marginais, mas eles se perderam e acabaram em uma rodovia. No primeiro controle, os policiais perguntaram se eles usaram drogas, a que os dois amigos responderam que "sim", pois haviam fumado maconha. O policial disse que isso não era nada bom, mas que tinha outras prioridades naquela noite. Não pediu sequer para ver os documentos dos três.

Nos dois controles seguintes, porém, os policiais pediram os documentos. No terceiro, Abdelam forneceu até seu endereço em Bruxelas. Mas conseguiu seguir viagem e continua foragido.