Quatro suspeitos de envolvimento nos atentados de Paris são indiciados
Os quatro homens suspeitos de envolvimento nos atentados terroristas em Paris foram indiciados nesta quarta-feira (21) por "associação criminosa com o objetivo de cometer ataques contra pessoas", segundo a procuradoria de Paris. Eles são acusados de ter ajudado os três autores das ações terroristas, no início de janeiro, que deixaram um saldo de 17 mortos.
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Um dos homens também foi indiciado por "posse de armas vinculada a ações terroristas". Os quatro, com idades entre 22 e 28 anos, estão presos provisoriamente e são suspeitos de fornecer "apoio logístico" a Amedy Coulibaly, que matou uma policial em Montrouge, ao sul de Paris, e quatro judeus, em um supermercado kosher.
"Até o momento, as investigações avançaram em relação ao caso Coulibaly, mas não aos irmãos Kouachi", disse o procurador François Molins em uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira. Said e Chérif Kouachi mataram 12 pessoas em um ataque à redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo no dia 7 de janeiro. "Os trabalhos vão continuar para encontrar cúmplices e colaboradores dos três terroristas", completou o procurador.
O Ministério Público abriu um inquérito por assassinatos e tentativas de assassinato relacionados a uma ação terrorista, transporte de armas e financiamento do terrorismo.
Detidos na semana passada
Os quatro indiciados foram detidos com outras oito pessoas na noite da última quinta-feira em Paris para ser interrogados sobre um possível apoio logístico, principalmente de fornecimento de armas e de veículos, que poderiam ter dado ao terrorista Amedy Coulibaly.
O fornecimento de armas é uma dos pontos essenciais das investigações. Durante o ataque ao supermercado judaico, Coulibaly tinha duas pistolas Tokarev, dois fusis kalachnikov e explosivos. Os investigadores também descobriram no apartamento que ele utilizava como esconderijo em Gentilly, nos arredores de Paris, um pequeno arsenal: quatro outras pistolas Tokarev, um revólver, munição e bombas de gás lacrimôgeneo.
Além disso, há outros questionamentos: quem colocou na internet um vídeo póstumo de Coulibaly, no qual ele afirma ser o autor do ataque ao supermercado? Quem atirou e feriu gravemente um homem que praticava cooper em Fontenay-aux-Roses no dia do primeiro atentado? A Justiça francesa espera que os quatro indiciados possam ajudar a responder a essas questões.
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