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França/Violências

Premiê da França pede que população fique atenta após ataques dos últimos 3 dias

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, fez um apelo na manhã desta terça-feira (23) pela "vigilância" e a "união" da população, após os ataques dos últimos três dias no país. Os incidentes acontecem em um momento em que o país teme a ameaça de atentados terroristas de jihadistas franceses que se juntaram ao grupo ultrarradical Estado Islâmico.

Vista do interior da van usada por um motorista francês para atropelar visitantes de um mercado de Natal, em Nantes, na noite de segunda-feira (22).
Vista do interior da van usada por um motorista francês para atropelar visitantes de um mercado de Natal, em Nantes, na noite de segunda-feira (22). REUTERS/Georges Gobet/Pool
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Valls garantiu que os ataques não não têm relação entre si, dizendo que a polícia está diante de indivíduos "problemáticos" que podem agir sozinhos. “Não estamos minimizando os incidentes”, disse o primeiro-ministro, que também lembrou que o objetivo do governo é de “proteger” a população e “compreender o que aconteceu”.

Valls deve se reunir ainda hoje com vários ministros para conversar sobre os incidentes e, segundo ele “tomar as medidas necessárias”. “Cada um precisa estar vigilante e atento”, insistiu, apelando para que os franceses mantenham o “sangue-frio”. Além da calma, as autoridades também pedem que a população não tire conclusões precipitadas sobre os ataques que visaram civis e policiais.

Atropelamento em Nantes

O último dos incidentes aconteceu na noite de ontem, em Nantes, na região oeste do país. Um homem atropelou voluntariamente os visitantes de uma feira de Natal, ferindo 11 pessoas. Uma delas continua internada em estado grave. Depois do ato, o homem tentou se matar a facadas, e se encontra em estado crítico.

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, esteve na cidade e afirmou que o ataque foi uma ação de uma "pessoa desequilibrada" e descartou um ato terrorista. Até o momento, não houve nenhuma reivindicação.

Ataque em Dijon

O caso de Nantes é muito parecido com o que aconteceu em Dijon, no leste da França. Na noite do último domingo (21), um homem lançou seu carro contra um grupo de pedestres. Treze pessoas ficaram feridas.

Segundo a procuradoria de Justiça, o motorista, de 40 anos, sofre de uma patologia psiquiátrica grave há muito tempo e seu ato não foi terrorista. Mas, de acordo com as testemunhas, antes do ato, o homem gritou “Allah Akbar” (“Deus é grande").

Atentado no oeste da França

Essa mesma frase foi pronunciada por um jovem de 20 anos que atacou, no último sábado (20), quatro policiais em uma delegacia da cidade de Joué-lès-Tours, no oeste do país. Ele estava armado de uma faca e foi abatido após o atentado.

Essa série de incidentes acontece em um momento em que a França teme a ameaça de atentados terroristas de jihadistas franceses que se juntaram ao grupo Estado Islâmico e voltaram de combates na Síria e no Iraque. Apesar de descartar a relação entre os três ataques, Valls, declarou ontem que a ameaça terrorista nunca esteve tão alta na França.

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