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França/Mali

Morte de refém francês no Mali é anunciada por grupo radical

O presidente francês, François Hollande, diz que fará tudo para esclarecer as circunstâncias da morte do refém Gilberto Rodrigues Leal, anunciada ontem (22) pelo grupo extremista islâmico Mujao, sigla para Movimento pela Unidade e a Guerra Santa na África Ocidental. Rodrigues Leal foi sequestrado em novembro de 2012, no norte do Mali, quando fazia uma viagem turística pela África. A família do refém assassinado está revoltada com o tratamento dado pelo governo francês ao caso.

Foto de Gilberto Rodriguez Leal divulgada por um site islâmico, durante o cativeiro do refém francês.
Foto de Gilberto Rodriguez Leal divulgada por um site islâmico, durante o cativeiro do refém francês. "AFP PHOTO / ALAKHBAR"
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Os familiares de Gilberto Rodrigues Leal, português naturalizado francês, denunciaram nesta quarta-feira (23) que as autoridades e a mídia esqueceram os dois reféns do país do Mali. "Durante oito meses só se falou sobre os jornalistas sequestrados na Síria", desabafou David Rodrigues Leal, irmão do refém morto. Ele pensa que se o irmão “tivesse mais valor, se não fosse um simples aposentado, ele teria tido um tratamento diferente”.

Mais de um ano sem notícias

A última e única prova de vida de Gilberto dada pelo Mujao foi um vídeo divulgado em novembro de 2012, cinco dias após o sequestro. Desde então, os familiares lançaram vários pedidos por notícias do refém.

Em dezembro de 2013, as autoridades francesas informaram à família que estavam muito preocupadas com a falta de informações recentes e que a comunicação com os sequestradores tinha sido completamente interrompida. Gilberto Leal teria morrido por falta de tratamento médico adequado para uma doença, acreditam as autoridades.

Depois da libertação dos 4 jornalistas franceses na Síria, no último final de semana, e do anúncio da morte de Gilberto, um francês ainda continua nas mãos de grupos radicais islâmicos: Sergio Lazarevic, de origem sérvia, sequestrado em novembro de 2011 no Mali, pelo braço da Al Qaeda do norte da África.

Plano para impedir franceses de combater na Síria

Após a revelação de que franceses estariam entre os sequestradores dos quatro jornalistas libertados no ultimo final de semana, o governo elaborou um plano para conter a ida desses jovens à Síria para lutar ao lado de grupos radicais islâmicos contra o regime de Bashar Al Assad. As medidas anunciadas pelo ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, vão desde a “prevenção” até a “punição” dos combatentes. Cerca de 700 franceses já teriam ido combater na Síria.

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