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Hollande/Valls

Pressionado por derrota nas urnas, presidente francês troca de premiê

O presidente francês, François Hollande, anunciou nesta segunda-feira (31), à noite, por meio de um discurso em rede nacional, o nome do ministro do Interior Manuel Valls para assumir o cargo de primeiro-ministro, no lugar de Jean-Marc Ayrault. Diante da derrota histórica dos socialistas no segundo turno das eleições municipais no final de semana, Hollande declarou ter compreendido a mensagem de “descontentamento” e “decepção” dos franceses.

O presidente francês, François Hollande, anuncia mudança no gabinete.
O presidente francês, François Hollande, anuncia mudança no gabinete. Elysée
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Nascido em Barcelona, Espanha, há 51 anos, Manuel Valls se naturalizou francês aos 20. Figura mais popular do governo, comparado ao britânico Tony Blair, ele impõe um estilo rígido que também agrada os mais converadores

A guinada política foi clara: a esquerda francesa perdeu 155 prefeituras, que passaram para a direita. “é hora de iniciar uma nova etapa”, declarou Hollande. Após agradecer o trabalho de Ayrault, que pediu demissão poucas horas antes, o líder francês disse que Valls vai chefiar “um governo de combate”, com uma equipe “coerente” e “unida”.

Metas

O presidente disse que o novo gabinete terá três objetivos: recuperação econômica, justiça social e união. Ele declarou que é fundamental “reerguer a economia do país”, com estímulo à produção e redução das contas públicas. E, consequentemente, criação de empregos e mais investimentos.

Hollande também frisou a importância de garantir a justiça social, através da educação, da segurança social (saúde) e poder aquisitivo (diminuição de impostos e de taxas dos assalariados).

Concluindo, o socialista fez um apelo à calma, à união e aos valores republicanos. Hollande declarou que a França está dividida, passando por uma crise “cívica” e até mesmo moral. “Ela cultiva um medo que os extremistas utilizam para atrair o ódio e a rejeição”, declarou.

Perdas e danos

Apesar da vitória da candidata socialista Anne Hidalgo em Paris, para suceder o também socialista Bertrand Delanoe, a esquerda colecionou derrotas França afora.

O maior partido da direita, UMP (União por um Movimento Popular) comemorou a “onda azul”, cor do partido, pelo país. Entre os trunfos estão Toulouse (sudoeste), a quarta maior cidade da França, e Limoges (centro), que desde 1912 era comandada pela esquerda.

Mas o maior fenômeno ficou por conta da Frente Nacional, de extrema-direita. O partido de Marine Le Pen comemorou a conquista de pelo menos 12 prefeituras e mais de 1500 vereadores.
 

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