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França/ meio ambiente

55 ativistas do Greenpeace permanecem presos na França

A polícia francesa mantém presos 55 ativistas do Greenpeace que participaram na terça-feira (18) de uma ação na usina de energia nuclear de Fessenheim, no leste da França. Os militantes forçaram a entrada no local, relançando o debate sobre a segurança das instalações nucleares no país.

A polícia francesa prendeu 55 ativistas do Greenpeace na terça-feira (18) que forçaram a entrada na usina nuclear de Fessenheim.
A polícia francesa prendeu 55 ativistas do Greenpeace na terça-feira (18) que forçaram a entrada na usina nuclear de Fessenheim. REUTERS/Bente Stachowske/Greenpeace/Handout via Reuters
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Segundo a polícia, os membros do Greenpeace permanecem detidos pela suspeita de “violação de domicílio” e “degradações em grupo” durante o ato. Os ativistas penduraram faixas na parte externa e superior da usina, a mais antiga em operação na França.

A autoridade de segurança nuclear disse que os manifestantes não chegaram a entrar nas zonas sensíveis do complexo e que a segurança não foi comprometida. Uma investigação do Ministério Público de Colmar vai apurar se houve danos às instalações e se os autores deverão responder a um processo judicial.

Os ativistas teriam usado um caminhão para forçar a entrada no local no início da manhã de terça, de acordo com testemunhas que acompanharam o ato do lado de fora. Em seguida, policiais cercaram o estabelecimento e entraram na usina para capturar os militantes. Alguns foram retirados de helicóptero.

A operação foi alvo de duras críticas pelos sindicalistas da central, que a compararam a “um ato terrorista” e afirmam que a ação “colocou em perigo as instalações e os funcionários” de Fessenheim, administrada pela companhia EDF. Já um porta-voz da organização declarou que o caminhão foi usado para transportar escadas para que os manifestantes pudessem pular as grades, e que somente cadeados foram danificados.

A pena máxima prevista para violação de domicílio é de um ano de prisão. Quanto ao vandalismo, pode chegar a cinco anos de detenção e até 75 mil euros (243 mil reais) em multas. Entre os ativistas presos estão franceses, alemães, suíços, austríacos, espanhóis, italianos, turcos e dinamarqueses.

Promessa de fechamento

O presidente francês, François Hollande, prometeu fechar o local até 2016 e reduzir a dependência da França da energia nuclear de 75% para 50%. O Greenpeace quer que dois reatores de 900 megawatts da Fessenheim, que estão em operação desde 1977, deixem de operar imediatamente.

Na faixa estendida sobre a usina, os ativistas exortaram Hollande e a chanceler alemã, Angela Merkel, a se comprometer com a geração de energia a partir de fontes alternativas, em uma cúpula da UE na quinta-feira. Militantes do Greenpeace têm um histórico de ocupações de usinas nucleares na França. Cerca de 30 foram presos em julho passado, depois de entrar na planta de Tricastin, no sul da França.
 

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