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França/armas sírias

Para Hollande, acordo para fim de armas químicas da Síria é apenas o começo

Em entrevista à rede de TV francesa TF1, neste domingo, o presidente francês, François Hollande, afirmou que o acordo sobre o desmantelamento das armas químicas na Síria representava “uma etapa importante, mas não um ponto final”. Ele acrescentou que era preciso “prever sanções”, caso as condições não sejam obedecidas. "Uma resolução na ONU deve ser votada a respeito até o final da semana", acrescentou.

O presidente francês, François Hollande, durante entrevista à TF1, neste domingo.
O presidente francês, François Hollande, durante entrevista à TF1, neste domingo. © TF1
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No sábado, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Serguei Lavrov, chegaram a um acordo em Genebra, após três dias de discussões, sobre um acordo para acabar com o arsenal químico sírio. Entre as condições, o governo de Damasco deve entregar uma lista de suas armas em uma semana, que serão recolhidas e destruídas até o final do primeiro semestre de 2014. “Um calendário um pouco ambicioso”, reconheceu Hollande na TV francesa.

O processo deverá ser estabelecido em uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, mencionando o capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que abre o caminho ao uso da força no caso de não cumprimento das imposições. Hollande explicou que vai se reunir nesta segunda-feira com o ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, Kerry e o chanceler britânico, William Hague. “Vamos formular a próxima resolução do Conselho de Segurança, que vai formatar o acordo e traduzi-lo”, disse.

O presidente contestou as acusações da oposição de que teria sido pressionado a seguir a política dos EUA contra a Síria. “A França é uma nação soberana” e que “não depende de nenhum país” para se engajar militarmente, seja no Mali ou na Síria, disse Hollande, acrescentando que “o que importa são os interesses essenciais da França”. No caso da Síria, argumentou, “usamos a ameaça para chegar à solução que a França queria, que o mundo queria, isto é, uma solução diplomática”.

A respeito do futuro da Síria, Hollande declarou que “o melhor é um acordo político e que os responsáveis pela transição sejam verdadeiramente democratas”.

François Hollande também foi questionado sobre problemas econômicos e sociais do país. Sobre o desemprego, ele declarou que a tendência deve mudar em prevê. Hollande anunciou ainda alguns cortes de impostos para o contribuinte e um crédito “verde” para reformas térmicas.

 

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