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Casamento gay/França

Manifestantes contra o casamento gay voltam às ruas de Paris

Hoje, os manifestantes contra o casamento gay voltaram às ruas de Paris. Três passeatas saíram de diferentes pontos da capital. Uma quarta marcha organizada por católicos integristas ficou isolada e não se misturou aos demais grupos. Segundo os organizadores das três passeatas principais, mais de um milhão de pessoas protestaram. Segundo a polícia, o total de pessoas não passou de 150 mil.  

Manifestantes protestam contra o casamento gay em Paris.
Manifestantes protestam contra o casamento gay em Paris. REUTERS/Stephane Mahe
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Qualquer que seja o dado adotado, a conclusão é a mesma. O protesto de hoje reuniu menos pessoas que o do dia 24 de março que havia reunido 300 mil pessoas, segundo a polícia, e 1,4 milhão, segundo os organizadores. A guerra de números inflamou as redes sociais. Os manifestantes dizem que as autoridades francesas mentem e querem diminuir de propósito a dimensão do protesto.

"Quando vemos a Esplanada dos Inválidos lotada, Manuel Valls [ministro do Interior] pode pode mostrar todos os números que forem convenientes para ele, mas a realidade é que houve uma mobilização popular muito forte”, disse Jean-François Copé, líder do UMP, partido do ex-presidente Nicolas Sarkozy.

O protesto deste domingo foi cercado de muita tensão. O ministro do Interior da França, Manuel Valls, temia que grupos radicais e vândalos se infiltrassem na passeata para provocar tumulto. Frigide Barjot, ex-comediante e principal rosto do movimento contra o casamento homossexual, não foi a passeata hoje justamente por temer a violência. Ela declarou ter recebido ameaças de morte. Um contigente de segurança foi reforçado e mais de 4.500 homens foram mobilizados.

No final da passeata,  os ânimos se exaltaram e projéteis foram lançados contra a polícia e contra jornalistas. Alguns militantes de extrema-direita conseguiram escalar a sede do Partido Socialista e hastearam uma bandeira com os dizeres: “Fora, Hollande”. A polícia deteve o grupo.

A lei que aprova o casamento entre pessoas do mesmo sexo na França já foi promulgada no dia 18 de maio, mas quem foi à rua hoje insiste que o governo deveria voltar atrás.

 

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