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França/Escravidão

Escravidão é irreparável, diz François Holande no Dia Nacional da Abolição da Escravatura

A França comemora hoje o Dia Nacional da abolição da escravatura, e para lembrar a data, o presidente francês François Hollande participou de uma cerimônia no parque do Luxemburgo, em Paris, onde falou do "ultraje feito pela França à França", e da eterna dívida histórica com o povo africano.  

O presidente francês François Hollande (dir) e o presidente do Senado, Jean-Pierre Bel (esq), durante cerimônia comemorativa da abolição da escravatura no país, nos Jardins de Luxemburgo, em Paris, nesta sexta-feira, 10 de maio de 2013.
O presidente francês François Hollande (dir) e o presidente do Senado, Jean-Pierre Bel (esq), durante cerimônia comemorativa da abolição da escravatura no país, nos Jardins de Luxemburgo, em Paris, nesta sexta-feira, 10 de maio de 2013. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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Durante a cerimônia, o presidente francês enfatizou que a escravidão era algo "irreparável", citando o poeta Aimé Césaire, cujo aniversário do nascimento é celebrado em 2013. "Essa dívida nunca será paga", disse François Hollande. "Não podemos apagar a história. A única escolha possível, digna, e responsável, é a da preservação da memória, a vigilância, a transmissão", disse.

O chefe de estado participou da cerimônia ao lado da Ministra da Justiça Chistiane Taubira, autora da lei, em 2001, que reconhece a escravidão como um crime contra a humanidade. Um projeto de lei pedindo a retirada da palavra ‘raça’ da Constituição, uma promessa de campanha de François Hollande, também foi proposto recentemente por parlamentares do Partido Comunista.

Durante seu discurso, Hollande também disse que a escravidão se tratava de um "ultraje feito pela França à França, contra sua própria honra e grandeza", e lembrou da necessidade de lutar contra qualquer discriminação, "esse veneno contra a igualdade."

Se a escravidão desapareceu na França, disse, o ódio o desprezo que a tornaram possível ainda existe, lembrou Hollande, pedindo o combate ao racismo, "sem fraquejar, e sem silenciar." O chefe de estado também sugeriu a construção de um memorial em Guadalupe, que deverá ser inaugurado nos próximos dois anos, com um custo estimado de 70 milhões de euros.

 

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