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França/Sociedade

Milionário francês nega que queira virar belga para fugir dos impostos

O proprietário do império de luxo LVMH, Bernard Arnault, dono das marcas Louis Vuitton, Moet Chandon e Sephora, entre outras, o homem mais rico da Europa e o quarto do mundo, desmentiu neste sábado que queira se exilar na Bélgica por razões fiscais, mas confirmou que pediu a dupla nacionalidade franco-belga.

Além de ser o homem mais rico da França, Bernard Arnault também foi apontado como a quarta maior fortuna mundial.
Além de ser o homem mais rico da França, Bernard Arnault também foi apontado como a quarta maior fortuna mundial. Reuters
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O empresário francês afirma que manterá seu domicílio fiscal na França se obtiver a dupla nacionalidade. Arnault justificou o pedido feito às autoridades belgas na semana passada para "facilitar investimentos" que ele deseja fazer no país vizinho.

Dono de um patrimônio pessoal estimado em 41 bilhões de dólares, segundo a revista Forbes, Arnault reside em Paris mas tem uma casa em Bruxelas há vários anos. Há rumores de que ele queira obter a nacionalidade belga para se desembaraçar da francesa e depois se instalar em Mônaco, considerado um paraíso fiscal.

O pedido de dupla nacionalidade caiu como uma bomba na França no momento em que o governo socialista do presidente François Hollande estuda criar uma alíquota de imposto de renda de 75% para pessoas com rendimento superior a 1 milhão de euros por ano. Esta semana, jornais especularam que o projeto tinha sido enterrado. Hollande voltou à cena e disse que vai manter a taxação considerada por muitos especialistas exorbitante e contraproducente. Durante a campanha, economistas alertaram sobre os riscos da medida: provocar a fuga de investidores e de investimentos para países vizinhos com legislação fiscal menos rigorosa.

Esta não é a primeira vez que o governo aumenta impostos e franceses ricos optam pelo exílio fiscal. Vários artistas, atletas e empresários passam uma parte do ano em outros países, onde mantêm residências, só para fugir da mordida do fisco francês.

Liberal convicto e próximo do ex-presidente Nicolas Sarkozy, Arnault já tinha se exilado nos Estados Unidos durante três anos quando o ex-presidente socialista François Mitterand chegou ao poder em 1981.

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