Governo francês facilita acesso dos ciganos ao mercado de trabalho
Logo após as suas férias de verão, o presidente François Hollande decidiu rever promessas da campanha que o elegeu no último mês de maio. Entre elas, o projeto de facilitar o acesso dos ciganos ao mercado de trabalho. Promessa que saiu do papel nesta quarta-feira. O governo francês anunciou, entretanto, que as evacuações de acampamentos ilegais decidas pela justiça continuarão a serem efetuadas.
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Para facilitar a situação dos ciganos na França, o primeiro-ministro francês, Jean Marc Ayrault, anunciou o fim da taxa à qual os empregadores seriam submetidos, caso contratassem um cigano. A taxa, de 700 euros ( mais de 1400 reais), era considerada uma discriminação, além de ser o maior entrave para inserção dos ciganos aos mercado de trabalho francês.
Os ciganos são, em sua maioria, originários da Bulgária e Romênia. Em um comunicado, o governo afirmou também que discutirá com os dois países do leste europeu a hipótese da abolição de outras medidas restritivas do acesso dos ciganos ao emprego na França. As medidas devem ser aplicadas até o fim de 2013.
Criticado pela evacuação de acampamentos ilegais de ciganos na semana passada, o governo diz que as decisões da justição "serão efetivadas" e que as administrações municipais serão capacitadas para a preparação e o acompanhamento dessas operações. Segundo a ONG Anistia Internacional, cerca de 15 mil ciganos vivem na França, alojados em acampamentos e habitações ilegais.
Comunidade Européia reage
A comissão Européia elogiou o anúncio da França e pediu que o país se esforce ainda mais para retirar as outras restrições ainda em vigor, que dificultam o acesso dos ciganos ao mercado de trabalho. A Comissão sugeriu que Paris continue a tomar medidas concretas para melhorar as condições dos ciganos e afirmou que está pronta a apoiar o governo francês para que o desmantelamento de acampamentos ilegais seja efetuado em melhores condições.
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