Eleições legislativas serão cruciais para presidente Hollande

A batalha pelas eleições legislativas na França começa oficialmente nesta segunda-feira com a entrada em campanha dos 6.591 candidatos às 577 cadeiras de deputados. As eleições, previstas em dois turnos nos dias 10 e 17 de junho, serão um teste crucial para saber se o presidente socialista François Hollande vai conseguir obter maioria na Assembleia Nacional.

A Assembleia Nacional da França. http://www.assemblee-nationale.fr

A largada para a campanha foi dada à meia-noite e termina no dia 9, véspera da votação. Para o segundo turno, a campanha tem início logo após a divulgação dos resultados, à partir de meia-noite do dia 11 e será encerrada no dia 16.

Na Polinésia Francesa o primeiro turno acontece uma semana mais cedo assim como para os franceses que vivem no exterior que deverão eleger pela primeira vez 11 deputados, como estipula a mudança constitucional de 2008. Os franceses residentes fora do país já podem votar através de procurações mas a mudança vai facilitar o direito de voto.

Os partidos devem respeitar normas rígidas para a campanha eleitoral que estipulam até o tamanho máximos dos cartazes que podem ser usados pelos candidatos. A lei impede que a propaganda seja feita em papel branco ou usar uma combinação das cores branca, azul e vermelha da bandeira do país.

Os partidos flagrados com cartazes fora dos locais delimitados pela lei estão sujeitos a uma multa de 9 mil euros (aproximadamente R$22,5 mil)

Os candidatos, no entanto, são livres para promover reuniões e comícios sem autorização prévia.

No rádio e televisão a campanha deve ter 3 horas no primeiro turno e podem participar os candidatos com grupo parlamentar. No segundo turno o tempo da propaganda política não deve passar de 1 hora e meia. Os partidos sem representantes na Assembleia podem pedir para participar dos programas eleitorais na mídia apenas se tiverem um mínimo de 75 candidatos inscritos.

A lei impede também a distribuição de material de propaganda na véspera da eleição e proíbe a divulgação de pesquisas de boca-de-urna antes do fechamento da última urna.