François Hollande é eleito presidente da França
O candidato do Partido Socialista François Hollande foi eleito o novo presidente francês neste domingo. De acordo com as primeiras estimativas, ele obteve 51,9% dos votos no segundo turno, contra 48% para o presidente Nicolas Sarkozy, que tentava a reeleição. Sua primeira medida simbólica será diminuir o salário do presidente e dos ministros em 30%.
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De acordo com os resultados divulgado pelo CSA, François Hollande obteve 51,8% dos votos e o presidente Sarkozy, 48,1%. Segundo o Instituto Ipsos, o candidato socialista teve 51,9%, e a estimativa do TNS Sofres é de que o candidato socialista registrou 52%. O resultado definitivo só será anunciado na quinta-feira pelo governo. A taxa de participação é estimada entre 80 e 82%, superior à registrada no primeiro turno, mais inferior ao segundo turno das eleições presidenciais de 2007.
Logo após a divulgação dos primeiros resultados, alguns dos partidários de Hollande deram as primeiras declarações à imprensa. "Essa eleição coloca um fim a 17 anos de direita no palácio do Eliseu”, declarou o porta-voz do Partido Socialista, Benoît Hamon. É uma vitória histórica. Desde o início da V República, em 1958, o Partido Socialista governou o país por apenas 15 anos, e venceu as eleições presidenciais apenas em 1981 e 1988, quando François Miterrand assumiu o comando do país.
Novo presidente se prepara para festa na praça da Bastilha
O novo presidente francês votou em Tulle, onde ele foi prefeito por sete anos, no departamento de Corrèze. Antes de pegar o avião para Paris, Hollande fará sua primeira declaração como presidente no aeroporto de Brive, daqui a pouco. Na noite deste domingo, Hollande vai comemorar a vitória ao lado de militantes e partidários na praça da Bastilha, onde uma grande festa deve reunir milhares de pessoas.
Logo depois da posse, e de assumir o cargo no palácio do Eliseu por cinco anos, o que deve ocorrer antes do dia 16 de maio, o presidente terá uma agenda cheia : nomear um primeiro-ministro, formar um governo, e tomar medidas urgentes. A primeira delas será viajar a Berlim para renegociar o pacto fiscal europeu adotado em março. Ele já anunciou que não irá ratificar o acordo. Em seguida, ele viaja aos Estados Unidos para participar da Cúpula da G-8 e da OTAN.
Entre as primeiras medidas urgentes que deverão ser adotadas, está a diminuição em 30% do salário do presidente e dos ministros, o bloqueio dos preços dos combustíveis por três meses, e uma revisão da reforma das aposentadorias, que aumenta o tempo de contribuição e de serviço.
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