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Strauss Kahn/escândalo

Polícia faz acareação de Strauss-Kahn e jornalista francesa

O ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, e a escritora Tristane Banon foram ouvidos juntos pela polícia, durante duas horas, na manhã desta quinta-feira, na Brigada de Repressão à Delinquência, em Paris. Esta é a última etapa antes da conclusão do inquérito em que Banon acusa Strauss-Kahn de tentativa de estupro em 2003.

Dominique Strauss-Kahn e Tristane Banon.
Dominique Strauss-Kahn e Tristane Banon. Reuters
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O ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, que estava em Marrakech, no Marrocos, voltou especialmente para participar do procedimento. A acareação foi solicitada pela Promotoria de Paris, para esclarecer as versões contraditórias sobre a suposta agressão sexual, que teria ocorrido em 2003. Os dois chegaram à Brigada de Repressão à Delinquência separadamente, foram ouvidos na mesma sala durante duas horas, e deixaram o local cerca de duas horas depois. Strauss-Kahn saiu às 11H35, sorridente, sem conversar com a imprensa. A escritora foi embora por volta das 11H54, em uma viatura de polícia. O advogado do ex-diretor do DMI, Henri Leclerc, não quis dar declarações.

Enquanto Banon disse à polícia que precisou se debater contra Strauss-Kahn para evitar uma relação sexual forçada, o ex-diretor geral da FMI declarou que apenas tentou beijá-la, mas diante da recusa da escritora, não insitiu. Strauss-Kahn diz que as acusações de Banon de tentativa de estupro são ‘imaginárias.’

Segundo especialistas em Direito, é provável que o processo não seja levado adiante. Na França, o crime de tentativa de agressão sexual expira depois de 3 anos. Além disso, não há provas materiais, já que a agressão  teria ocorrido em 2003, em um apartamento em Paris. A polícia já ouviu, entretanto, algumas testemunhas, entre elas, o pré-candidato do PS à presidência francesa, François Hollande. Banon o teria informado do ocorrido na época. Juridicamente, a escritora ainda tem a possibilidade de se habilitar como parte cível. Neste caso, o inquérito seria enviado diretamente para análise de um juiz de instrução.

Strauss-Kahn, tido como o favorito às eleições presidenciais em 2012, voltou para a França no início de setembro. A Justiça americana arquivou as acusações feitas contra ele pela camareira do Sofitel, Nafissatou Diallo, que o acusou de tentativa de estupro. Em entrevista ao jornal das 20h do canal TF1, na França, ele admitiu sua 'falta moral', sem detalhar exatamente o que ocorreu entre ele e Diallo, mas negou qualquer tipo de relação não-consentida.

 

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