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França/Eleições

Meu único adversário é Nicolas Sarkozy, diz a socialista Martine Aubry

O Tour de France, movimentado de acidentes durante o fim de semana, e a pré-campanha presidencial na França dominam as manchetes da imprensa nesta segunda-feira, 11 de julho.

Manchete do jornal Libération desta segunda-feira (11/07/2011).
Manchete do jornal Libération desta segunda-feira (11/07/2011). Reprodução do jornal Libération
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Libération, jornal de esquerda, publica uma entrevista exclusiva com a secretária-geral do Partido Socialista, Martine Aubry. Ela explica que seu único adversário nas presidenciais de 2012 é o presidente Nicolas Sarkozy e não seus companheiros de partido que vão disputar as eleições internas do PS, em outubro. Mas por mais que os socialistas neguem, a concorrência interna no PS é um problemão para o partido.

Segundo pesquisas, 46% dos franceses estimam que Martine Aubry tem chances de derrotar Sarkozy nas presidenciais, enquanto seu principal adversário interno, François Hollande, tem 52%. Para o Libération, o partido continua com as mesmas deficiências que o levaram a perder as eleições em 2007.

O Libé nota que a oposição de esquerda tem um bom programa, mas ele é ofuscado pela disputa entre os caciques. O resultado é uma falta de transparência das propostas para o eleitorado, que também fica confuso diante da falta de um líder único e aglutinador que encarne as ideias.

A corrida presidencial começou impiedosa e de golpes baixos. Depois do escândalo Strauss-Kahn, uma onda de boatos tenta agora manchar a imagem de Martine Aubry. Na semana passada, andaram dizendo que ela bebia demais e era casada com um defensor de radicais islâmicos, só porque seu marido é advogado. Aubry se defendeu rapidamente, acusando a direita e aliados do presidente Sarkozy de estarem na origem desses rumores.

O diário conservador Le Figaro, identificado com a direita, critica a postura da socialista. Em seu editorial, o jornal põe a culpa dos boatos no anonimato da internet - qualquer um pode falar qualquer coisa sem se identificar - e lamenta que Aubry tenha associado Sarkozy diretamente a essa manipulação.

Le Figaro decidiu tomar partido na briga, o que não deixa de ser decepcionante, para um grande jornal, num jogo de acusações tão baixo.
 

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