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Paris/Sujeira

Parisienses reclamam da sujeira na cidade

Mais de 20 mil pessoas já aderiram ao abaixo-assinado que tenta mobilizar as autoridades da capital francesa para a limpeza da cidade. Entre excrementos de cachorros nas calçadas, lixo acumulado nas ruas e a pichação de monumentos históricos, os parisienses dizem sofrer com a sujeira, que bate o recorde dos últimos 40 anos.

A capital francesa produz cerca de 3 mil toneladas de lixo por dia.
A capital francesa produz cerca de 3 mil toneladas de lixo por dia. Flickr/ Eboueur91
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O abaixo-assinado foi lançado em janeiro por oito subprefeituras de Paris, todas elas do partido UMP, de oposição. Mais de 20 mil pessoas já assinaram o documento, afirmando que a capital francesa nunca esteve tão suja nos últimos 40 anos.

Uma das principais reclamações é a quantidade de excrementos de cachorros nas calçadas, que servem de banheiro para pelo menos 200 mil cães. Outros problemas graves são o lixo acumulado nas ruas e a pichação de monumentos históricos, que expõem um lado pouco glamouroso da Cidade Luz.

Com exceção da avenida Champs Élysées, considerada uma das vitrines de Paris, que apesar da ausência de cestos de lixo (uma medida de precaução contra ataques à bomba), tem garis limpando suas calçadas dia e noite, o restante da cidade reflete os problemas de uma grande metrópole que produz 3 mil toneladas de lixo diariamente. A empresa que faz a coleta de lixo acusa a falta de educação de moradores e turistas. A prefeitura, governada pelo socialista Bertrand Delanoë, tem apenas 86 fiscais para multar os abusos de sujeira de uma população de quase 2,5 milhões de pessoas. O preço das multas que caiu de 183 euros para 35 euros no ano passado também não ajuda a combater o problema.

Diante da ira dos opositores, o responsável pela limpeza de Paris, François Dagnaud, lembrou que nos últimos três meses do ano passado, a capital francesa foi palco de conflitos sociais contra a reforma da aposentadoria, seguidas de seis semanas de neve, episódios que aumentaram a sujeira na cidade. Segundo ele, Paris também sofre as conseqüências de ser o principal destino turístico mundial, ao mesmo tempo que funciona como uma capital econômica e tem uma grande densidade populacional. Na entrevista ao jornal Le Parisien, Dagnaud anunciou que 30 mil lixeiras serão substituídas por modelos que vão estimular o fumante a parar de jogar bitucas de cigarro nas ruas. Ele também defende medidas mais rigorosas para quem distribuir panfletos e espera que os 800 fiscais de segurança da cidade ajudem a multar os infratores.
 

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