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França/Violência

Violência no metrô de Paris aumenta 40%

A região parisiense registra um aumento da violência na rede de transporte público. Nos últimos 12 meses, os roubos aumentaram em quase 40% em relação ao mesmo período de 2009. Esta semana uma mulher de 27 anos morreu em uma estação do metrô de Paris depois de cair do alto de uma escada, empurrada por um ladrão em fuga.

Os celulares do tipo IPhone são os mais visados pelos ladrões no metrô parisiense.
Os celulares do tipo IPhone são os mais visados pelos ladrões no metrô parisiense. Reuters
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Mais de 50% dos roubos acontecem no metrô da capital francesa. Na periferia, os números caem à metade. Em um terço dos roubos, os ladrões arrancam com violência objetos dos passageiros, sendo que 22% das agressões acontecem com violência física e em 11% dos casos há extorsão. As estatísticas tem ligação direta com o que os policiais franceses batizaram de "Efeito Iphone", que é objeto mais visado pelos ladrões. Dos 2.813 objetos roubados no último mês, 28% deles eram Iphones de 3ª e 4ª geração.

Desde novembro, a polícia trabalha com campanhas para alertar a população. Policiais distribuem folhetos explicativos em vários idiomas, para alertar os usuários dos transportes públicos sobre os riscos de roubo.

Esta semana os parisienses ficaram chocados ao tomar conhecimento de um incidente trágico, ocorrido na estação Etienne Marcel, na linha 4 do metrô. Em pleno centro da capital, uma jovem de 27 anos morreu ao cair do alto de uma escadaria da estação, empurrada por um ladrão que acabara de roubar um telefone celular e estava em fuga. A vítima de origem vietnamita andava pela estação e sem querer cruzou o caminho do ladrão. Na queda, ela bateu a cabeça várias vezes ao rolar do alto da escada e, apesar de ter sido socorrida, não resistiu a um grave traumatismo craniano, falecendo no hospital horas mais tarde. As câmeras de segurança do metrô filmaram a ação, mas as imagens do rosto do ladrão são de baixa qualidade, impedindo sua identificação.

Segundo o comandante Bruno Terrenzi, do departamento de investigações judiciárias da brigada da rede ferroviária, encarregado das investigações da morte da vietnamita, é raríssimo que uma agressão dessa natureza termine de forma tão trágica. Em entrevista ao jornal Le Figaro, o policial lembra que o último caso parecido, registrado pela brigada, aconteceu em agosto de 2007, na estação Bir-Hakeim, muito utilizada pelos turistas que visitam a Torre Eiffel. Na época, um jornalista esportivo italiano de 40 anos, que passava férias em Paris, morreu ao ser agredido por dois ladrões que roubaram sua mochila no interior da estação.

Com a colaboração de Solange Kurpiel

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