Justiça francesa libera corpo de brasileira assassinada em Paris
A Procuradoria da República da França autorizou a cremação do corpo de Maria Rita Bispo dos Santos, informou o Consulado do Brasil em Paris, nesta segunda-feira (11). Ela foi encontrada morta, em 13 de janeiro, em um hotel da capital francesa.
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O irmão de Maria Rita, o policial militar Anderson Bispo dos Santos Santana, informou à RFI que está em contato com uma agência funerária na França para dar andamento à cremação do corpo.
Anderson organizou uma vaquinha virtual para levar o corpo de Maria Rita para o Brasil. Os custos de translado são de cerca de R$ 35 mil, segundo ele. Se ela fosse cremada, esse valor cairia para cerca de R$ 18 mil.
A possibilidade de cremação tinha sido descartada no começo, porque a Justiça francesa poderia ordenar uma exumação do corpo para investigação. A família aguardava uma posição das autoridades da França.
Até esta segunda-feira, o valor arrecadado no site era de R$ 7.710. Caso a família não arque com os custos, ela será enterrada como indigente.
Investigação leva à rede de tráfico
Em 13 de janeiro deste ano, a polícia francesa foi acionada após uma camareira de um hotel em Paris encontrar o corpo de uma mulher com um corte profundo no pescoço. Ela foi identificada como Maria Rita Bispo dos Santos, de 43 anos, brasileira.
A investigação do assassinato da brasileira revelou uma rede de tráfico de drogas entre o Brasil e a França. Duas mulheres, que admitiram ter trabalhado como mulas (levando drogas no próprio corpo), foram indiciadas e presas poucos dias depois do corpo de Maria Rita ter sido encontrado em Paris.
O principal suspeito do homicídio, que também pertenceria à rede de tráfico, está foragido, segundo indicaram fontes que acompanham o caso.
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