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Inundações causam ao menos três mortes na França, e família está desaparecida

O mau tempo causado pela passagem da tempestade Mônica no sudeste da França deixou pelo menos três mortos entre este sábado (9) e domingo (10). As equipes de resgate ainda procuram por outras quatro pessoas desaparecidas, incluindo duas crianças da mesma família.

Equipes de resgate buscam família desaparecida no rio Gardon, após cheia provocada pela tempestade Mônica no sudeste da França. (10/03/2024)
Equipes de resgate buscam família desaparecida no rio Gardon, após cheia provocada pela tempestade Mônica no sudeste da França. (10/03/2024) AFP - CLEMENT MAHOUDEAU
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Em Gard, mais de 300 bombeiros, policiais e outras equipes procuram, com o auxílio de barcos, helicópteros, drones e cães, por três desaparecidos. Um pai e os seus dois filhos, de 4 e 13 anos, foram arrastados pelas águas enquanto tentavam cruzar de carro pontes sobre o rio Gardon, que transbordou nos arredores da cidade de Dions.

A mãe, de 40 anos, foi salva e hospitalizada. O carro da família foi encontrado vazio, próximo do local da tragédia.

O quarto desaparecido, um homem, ainda não foi localizado em Ardèche. Segundo uma fonte da polícia, trata-se do gestor de uma central hidrelétrica que foi verificar as instalações do local.

As buscas foram interrompidas “ao anoitecer porque dada a situação das vias navegáveis, a intervenção [das equipes] é extremamente perigosa”, disse à AFP em Dions o vice-diretor do departamento dos bombeiros do Gard, Thierry Carret.

Em 24h, o equivalente a um mês de chuvas

Outras três vítimas, encontradas mortas no Gard, também haviam tentado atravessar pontes submersas pelas enchentes, devido às fortes chuvas que caíram no sábado e durante a noite. Algumas áreas chegaram a registraram, em apenas 24 horas, volumes de chuvas superiores à média de um mês inteiro.

O primeiro corpo sem vida foi encontrado a poucas centenas de metros de onde um carro, com duas pessoas de nacionalidade belga, foi arrastado pelas ondas no sábado, por volta das 18h45, no vilarejo de Gagnières. O veículo havia passado por uma ponte cuja estrada havia sido interditada pelo município. Um policial municipal pediu diretamente ao motorista que não avançasse.

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Uma das duas pessoas a bordo do veículo conseguiu sair, e foi resgatada pelos socorristas após mais de duas horas agarrada a galhos. Os dois homens viviam em Gagnières, disse a prefeitura à AFP.

Em Goudargues, vilarejo de 1,1 mil habitantes, as equipes de resgate encontraram dois corpos. Por volta das 5h de domingo, duas pessoas a bordo de um veículo haviam telefonado para os bombeiros para alertar que estavam com dificuldades.

As autoridades regionais de Gard indicaram que o carro teria sido ocupado por duas mulheres, de 47 e 50 anos, que se dirigiam para Espanha.

Alertas ignorados

A tempestade Mônica deixou grande parte do sudeste da França em alerta “laranja" durante todo o fim de semana. Este nível é o terceiro numa escala de quatro, e significa que a população deve estar “muito vigilante”, devido aos “fenômenos perigosos esperados”. Deslocamentos ou aproximação de cursos de água são desaconselhados.

“A nação está unida”, declarou o primeiro-ministro Gabriel Attal. O ministro do Interior, Gérald Darmanin, visitou uma central de crise instalada no ministério pela manhã e citou um total de “35 resgates” realizados pelos serviços de emergência, em todo o país.

Apesar da repetição de mensagens de precaução, “ainda lamentamos comportamentos perigosos, antes de mais nada para as pessoas que se expõem, mas perigosos também para as pessoas cujo dever é ir em seu auxílio”, sublinhou a Secretaria de Segurança de Gard. Enchentes tão graves não ocorriam havia dez anos na região, salientou o órgão.

"Choveu torrencialmente, foi impressionante, um nível histórico. Fiquei em casa porque com a água não se deve arriscar", testemunhou à AFP Pascale Fuchs, morador de Dions, onde as estradas são ainda fechadas.

Oito regiões permanecem em alerta laranja quanto ao risco de inundação: Ardèche, Bouches-du-Rhône, Charente-Maritime, Gard, Gironde, Pirenéus-Atlânticos, Var e Yonne.

Com informações da AFP

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