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Quase 80% dos comerciantes temem impacto nas entregas durante JO de Paris

Na manhã desta quarta-feira (20), representantes da Câmara de Comércio e Indústria de Paris (CCI), da Câmara de Artesanato de Île-de-France (CMA) e do Conselho Municipal de Paris se reuniram na sede da CCI para segunda de uma série de cinco reuniões "Decifre os Jogos Olímpicos 2024". Desta vez, os responsáveis convidados procuraram abordar as preocupações dos varejistas sobre o período dos JO e seus impactos no comércio. 

A Câmara de Comércio e Indústria de Paris.
A Câmara de Comércio e Indústria de Paris. DR
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Em Paris, 79% das empresas pesquisadas pela CCI temem dificuldades de "entrega e fornecimento", 62% estão preocupadas com a "mobilidade dos funcionários" e 44% temem um impacto na "movimentação de clientes". 

Além de destacar o "legado das Olimpíadas", Pierre Rabadan, vice-prefeito de Paris responsável pelo esporte e pelos Jogos Olímpicos, disse aos comerciantes que permaneçam "positivos". "As dificuldades parecem estar se acumulando, mas devemos permanecer positivos", afirmou ele.

As zonas vermelhas [que apresentarão restrições quanto à circulação de veículos, bicicletas e pessoas] as rotas de entregas, os passeios por guias turísticos e proibição de abertura de lojas aos domingos, são alguns dos pontos de preocupação levantados pelos comerciantes aos órgãos.

"Projetamos os Jogos para ser uma Paris viva, não uma cidade fechada e lenta. A diversidade e a compactação de nossas lojas são uma oportunidade", acrescentou Rabadan, enquanto novas decisões sobre o comércio durante os Jogos são esperadas até o final de janeiro, após uma consulta à prefeitura. 

"Um dos nossos objetivos é limitar o impacto dos Jogos Olímpicos sobre os parisienses e os varejistas, e mobilizar empresas pequenas e médias, artesãos e varejistas para fazer deste um evento de sucesso para a nossa capital", disse Soumia Malinbaum, presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Paris. 

Expectativas dos comerciantes

Os vários representantes dos setores de varejo e artesanato de Paris também expressaram suas preocupações sobre a proibição para as aberturas aos domingos, da qual os distritos 10º, 11º, 13º, 14º e 20º da capital serão excluídos. 

Pierre Rabadan disse que entendia o desânimo dos lojistas afetados pela decisão da prefeitura e que esse era um dos "assuntos a serem discutidos no futuro" com o prefeito regional. Rabadan, que também é presidente do escritório de Turismo de Paris, falou sobre a introdução de "trilhas turísticas temáticas" para os visitantes, destacando as empresas parisienses.

Essa iniciativa se junta à de Francis Bussière, presidente da CMA, com o desenvolvimento de "mapas interativos" nos quais vários locais, museus e patrimônios serão visíveis.

Na tentativa de amenizar as preocupações, Soumia Malinbaum lembrou aos varejistas que os Jogos Olímpicos também serão sinônimo de "crescimento econômico", pois "os turistas virão para gastar".

De acordo com uma pesquisa realizada pela Câmara de Comércio e Indústria de Paris com 184 varejistas entre julho e setembro, 40% deles esperam que suas vendas aumentem durante os Jogos Olímpicos.

As próximas reuniões, "Decifre os Jogos Olímpicos 2024", estão previstas para fevereiro, abril e junho.

(Com informações da AFP)

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