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Tempestade Ciaran mata pelo menos 16 pessoas na Europa; Macron promete acionar 'estado de desastre natural'

Em visita à região da Bretanha, nesta sexta-feira (3), o presidente francês Emmanuel Macron elogiou os esforços de resgate que "salvaram muitas vidas" após a passagem da tempestade Ciaran na França e pediu que "a vida normal seja restaurada o mais rápido possível", ativando o estado de desastre natural "sempre onde for possível".

Bilheterias de excursões marítimas privadas são refletidas em uma poça d'água após fortes chuvas antes da tempestade Ciaran em Arcachon, no sudoeste da França.
Bilheterias de excursões marítimas privadas são refletidas em uma poça d'água após fortes chuvas antes da tempestade Ciaran em Arcachon, no sudoeste da França. AFP - PHILIPPE LOPEZ
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O chefe de Estado também pediu ao povo francês que "permaneça extremamente vigilante" nos próximos dias, mencionando outros fenômenos meteorológicos "que estão chegando, que são mais leves", mas que podem atingir "estruturas que permanecem frágeis".

Quase 48 horas depois que a tempestade atingiu a costa francesa, o episódio "foi extremamente bem administrado" e os serviços de emergência "bem organizados", elogiou o presidente francês, que se reuniu com os serviços de emergência, bombeiros, funcionários da Enedis e conselheiros locais em Plougastel-Daoulas (Finistère, ao noroeste).

"Nosso objetivo é restaurar a vida normal o mais rápido possível", acrescentou ele, visando, em particular, restaurar a eletricidade para 90% das residências afetadas até segunda-feira.

"Em todos os lugares que foram atingidos duramente, estamos lançando as comissões a partir deste fim de semana" para que "nos próximos dias", todos aqueles "que tiverem direito" possam se beneficiar deste estado de "desastre natural", explicou Emmanuel Macron aos moradores.

Ele também prometeu o programa de "desastre agrícola" como ajuda para aqueles que têm direito. "Vamos pedir às seguradoras que contribuam", acrescentou, indicando que todas elas seriam reunidas pelo Ministro da Economia e Finanças da França, Bruno Le Maire, "no início da semana". 

"Reforços adicionais"

O presidente chegou ao município de Plougastel-Daoulas, na Bretanha, pouco antes das 15h30 (hora local), cumprimentando moradores, vereadores e chefes dos serviços de emergência que foram chamados para lidar com o mau tempo que causou duas mortes na França e danos generalizados, especialmente nessa região.

"Vamos continuar a limpeza", assegurou o chefe de Estado, prometendo "reforços" adicionais e "o apoio de toda a nação" ao políticos locais, alguns dos quais lhe agradeceram por "apoiar o povo do Finistère".

"Eu realmente quero dar meus parabéns a todos porque essa ocorrência foi bem administrada", disse ele. "A prevenção resistiu bem, a coesão em meio à tempestade resistiu bem e a solidariedade se manterá", acrescentou Macron.

Em seguida, o presidente francês falou com os moradores nas ruas, que o questionaram sobre uma série de assuntos, incluindo pensões, inflação e o clima.

Um jovem em particular o criticou por ter vindo de avião, questionando-o sobre "a inação climática que você está nos oferecendo". "Espero que você amadureça", respondeu Macron, referindo-se em seguida a um discurso que foi "muito excessivo e sem argumentos".

Emmanuel Macron também visitou uma fazenda, depois de ser questionado por um fazendeiro que havia relatado danos.

A Bretanha foi atingida por ventos particularmente violentos, com velocidades de até 207 km/h na Pointe du Raz, região no extremo oeste do país, causando cortes de energia para 1,2 milhão de pessoas, cortes de telefonia celular para um milhão de clientes, queda de árvores e paralisação de transportes.

O número de mortos pela tempestade Ciaran na Europa subiu nesta sexta-feira (3) para 16, incluindo seis na Itália, que foi particularmente atingida pelo mau tempo, que também causou grandes interrupções no transporte no oeste do continente.

Depois de atingir a costa atlântica, a tempestade se deslocou para o leste, matando seis pessoas na Toscana (centro-norte da Itália), onde causou chuvas recordes e transformou as ruas de muitos vilarejos em torrentes de água e lama no espaço de poucas horas, de acordo com as autoridades locais.

(Com AFP)

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