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Mais de seis meses após adoção de reforma da Previdência, mobilização perde força na França

Milhares de pessoas se manifestaram nesta sexta-feira (13) na França por melhores salários. Apesar de vários atos estarem previstos, a mobilização ficou longe dos números de participação registrados no começo do ano contra a reforma da Previdência.

Manifestantes agitam bandeiras da Confederação Geral do Trabalho da França (CGT) durante uma manifestação durante dia de greve nacional convocado pelos representantes inter-sindicais da França para promover aumentos salariais e pedir igualdade entre homens e mulheres em Nantes, oeste da França, em 13 de outubro de 2023.
Manifestantes agitam bandeiras da Confederação Geral do Trabalho da França (CGT) durante uma manifestação durante dia de greve nacional convocado pelos representantes inter-sindicais da França para promover aumentos salariais e pedir igualdade entre homens e mulheres em Nantes, oeste da França, em 13 de outubro de 2023. AFP - SEBASTIEN SALOM-GOMIS
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Mais de seis meses após a adoção da reforma, a intersindical francesa enfatizou na convocação desta sexta-feira o poder aquisitivo, prejudicado pela inflação, principal preocupação dos trabalhadores, de acordo com os organizadores. Além disso, a mobilização também visa a igualdade de gênero, o aumento dos salários, das aposentadorias e das ajudas para estudantes.

Cerca de 230 ações foram anunciadas em muitas cidades, mas as primeiras manifestações ficaram longe dos níveis das mobilizações anteriores. Em Marselha (sul), 10 mil pessoas se manifestaram segundo organizações sindicais, 2.100, segundo a prefeitura. Para efeito de comparação, durante o último dia de mobilização pelas aposentadorias, em 6 de junho, os sindicatos contabilizaram 50.000 participantes.

Transporte aéreo afetado e trens normais

Um dos setores mais afetados foi o transporte aéreo. A greve dos controladores aéreos teve repercussões sobretudo nos voos dentro da Europa. De acordo com o organismo de vigilância aérea Eurocontrol, “importantes atrasos” devem ser esperados para os voos em toda a França, enquanto “atrasos moderados a importantes” são esperados nas chegadas nos aeroportos de Bordeaux (sudoeste), Toulouse (sudoeste), Marselha (sul), Nantes (Oeste) e Bâle-Mulhouse (leste).

A Direção Geral da Aviação Civil (DGAC) francesa pediu às companhias aéreas que renunciassem preventivamente a 40% dos voos do aeroporto parisiense de Orly, 20% em Marselha-Provence e 15% em Beauvais (no norte de Paris).  Atrasos importantes, de mais de uma hora foram informados também nas decolagens nos aeroportos de Lyon (centro-leste), Marselha e Toulouse.

A circulação de trens estava apenas ligeiramente perturbada em certas linhas regionais de trem, mas o tráfico estava normal nos trens de grande velocidade (TGV). Na região parisiense, perturbações afetaram certas linhas da rede de trens de periferia, mas em Paris o transporte público funcionou normalmente.

Muitos médicos também aderiram à convocação, fecharam seus consultórios, cancelaram consultas e operações previstas, com exceção de urgências.

O objetivo é de enviar os pacientes para os hospitais públicos para “mostrar a importância da medicina de consultório”, correndo o risco de provocar “uma crise sanitária”, explicou Philippe Cuq, presidente do sindicato de cirurgiões Le Bloc. A greve dos médicos é contra um aumento de 1,50 euro no preço das consultas, considerado insuficiente, inclusive para o próprio governo.

(Com AFP)

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