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Macron visita escola secundária que sofreu ataque; assassino procurava 'professor de história'

Um homem armado com uma faca e gritando "Allah Akbar" ("Alá é o maior", em árabe) matou um professor e feriu gravemente duas pessoas em uma escola secundária em Arras, no norte da França, na manhã desta sexta-feira (13). Os parlamentares franceses fizeram um minuto de silêncio na Assembleia Nacional da França. O presidente Emmanuel Macron visitou o local ao lado dos ministros do Interior e da Educação.

O presidente francês Emmanuel Macron chega a Arras em 13 de outubro de 2023.
O presidente francês Emmanuel Macron chega a Arras em 13 de outubro de 2023. © Ludovic Marin/AFP
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Emmanuel Macron chegou pouco antes das 15h (10h de Brasília) desta sexta-feira (13) ao liceu Léon Gambetta, em Arras, onde um professor foi morto e duas pessoas ficaram gravemente feridas em um ataque com faca, em meio a temores de que o conflito entre Israel e o Hamas seja importado para a França. 

O presidente francês entrou na escola, acompanhado pelo ministro do Interior, Gérald Darmanin, e pelo ministro da Educação, Gabriel Attal. Ele cumprimentou os professores e os agentes dos serviços de emergência antes de fazer uma declaração pública.

O docente de filosofia da escola contou à reportagem de France 24 que o assassino procurava "o professor de história" da instituição. Como não o encontrou, atacou e matou o de francês.

Veja o momento do ataque:

O agressor, Mohammed Mogushkov, que foi preso pela polícia, tem cerca de vinte anos e é de origem chechena, de acordo com fontes policiais. Segundo as autoridades, ele tem nacionalidade russa e chegou à França em 2008.

O indivíduo, que está fichado na chamada "lista S" de extremistas ou terroristas potenciais, estava sob vigilância dos serviços de inteligência franceses e foi controlado na quinta-feira (12), disse uma fonte da inteligência à agência AFP.

Na França, cartões de "lista S" são emitidos para pessoas que, devido a suas atividades individuais ou coletivas, podem ameaçar a "segurança do Estado".

 A fonte acrescentou que o homem estava "sob vigilância e fisicamente monitorado" "desde julho", detalhando que "suas conversas telefônicas nos últimos dias não revelaram nenhuma indicação de que ele estivesse prestes a cometer um ato".

Facadas

O professor que foi morto recebeu uma facada na garganta e outra no peito, de acordo com a polícia.

Entre os dois feridos estão um agente de segurança, que sofreu várias facadas, e um professor. O vigilante ficou "gravemente ferido e está entre a vida e a morte", informaram as autoridades. Nenhum aluno ficou ferido.

Esse ataque ocorre quase três anos depois do assassinato de Samuel Paty, um professor de 47 anos que foi decapitado em 16 de outubro de 2020 perto de sua escola secundária em Conflans-Sainte-Honorine, na região metropolitana de Paris, dez dias depois de mostrar aos seus alunos caricaturas de Maomé durante as aulas sobre liberdade de expressão.

O agressor de 18 anos, um refugiado russo de origem chechena, foi morto pela polícia. As escolas francesas preparam homenagens a Samuel Paty que serão realizadas na segunda-feira (16). 

(Com AFP)

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