Torre Eiffel é iluminada de azul e branco em solidariedade às vítimas de ataques em Israel
Cartão postal da capital francesa, a Torre Eiffel foi iluminada nesta segunda-feira (9) com as cores da bandeira israelense. Segundo a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, o objetivo é expressar solidariedade às vítimas após os ataques do grupo armado Hamas em Israel, no último sábado (7).
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Na véspera, as luzes do monumento já haviam sido apagadas em respeito aos mortos nas violências. Segundo um novo balanço do governo israelense, mais de 800 pessoas morreram na ofensiva surpresa do Hamas. A retaliação do país em Gaza no fim de semana deixou ao menos 560 vítimas, segundo as autoridades palestinas.
O apoio de Paris a Israel gerou controvérsia nas redes sociais. "E a solidariedade ao povo palestino, onde está?", escreveu uma internauta no post de Hidalgo no Instagram. "Me irritam esses políticos que defendem um povo enquanto dois estão sofrendo devido a decisões políticas autoritárias. É realmente insuportável! Que vergonha!", escreveu outro seguidor da prefeita.
Além da Torre Eiffel, o prédio da Assembleia Nacional, no centro da capital francesa, também foi iluminado com as cores da bandeira israelense nesta segunda-feira.
Atos pela França
Diversas cidades francesas foram palco nesta segunda-feira de manifestações em apoio a Israel. Em Paris, milhares de de participantes, entre eles, muitos jovens e personalidades políticas, marcharam da Praça Victor Hugo, no oeste da capital, até a Praça do Trocadero, no 16° distrito, bairro que abriga a Torre Eiffel.
Manifestantes caminharam lentamente, exibindo cartazes com a mensagem "Solidários a Israel" e "Contra o terrorismo". A multidão entoou em diversos momentos o slogan "Liberem os reféns", em alusão às dezenas de pessoas detidas pelo Hamas no último sábado.
"Não é preciso ser judeu para estar aqui", afirmou Maurice Amran, um aposentado parisiense de 79 anos. "Nunca vi nada comparável. É horrível", disse sobre as violências protagonizadas pelo grupo armado.
Presente no ato, o imã Hassen Chalgoumi também expressou seu apoio ao povo israelense. "O islã nunca quis isso. As pessoas que perpetraram essas violências são criminosas", disse.
Quando o cortejo chegou ao seu destino final, manifestantes israelenses cantaram o hino do país. Em seguida, foi a vez de a Marselhesa, hino nacional francês, ser entoada.
Bordeaux, Marselha e Lille
Em Bordeaux, no sudoeste da França, centenas de pessoas se reuniram diante da grande sinagoga no centro da cidade. Um grande efetivo policial foi mobilizado para garantir a segurança do ato.
Marselha, no sul, que conta com uma das maiores comunidades judaicas e muçulmanas da França, acolheu uma manifestação diante da prefeitura com presença de cerca de 500 pessoas. Os participantes do evento preferiram não levar cartazes, limitando-se em exibir as bandeiras de Israel e da França.
Em Lille, no norte, a prefeita Martine Aubry participou de um protesto que denunciou as violências cometidas pelo Hamas. "Nada pode justificá-las" indicou a socialista.
“Não é uma questão de religião, é uma questão de humanidade”, disse Élise Hirsch, estudante de direito e presidente da organização União dos Estudantes Judeus da França de Lille. “Nos recusamos a viver num mundo onde existe este tipo de violência", afirmou a organizadora do encontro na cidade.
(Com informações da AFP)
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