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Fim das varandas "feias" na Champs-Elysées: projeto estima custo de € 400 mil para estabelecimentos

Chega de varandas "feias" na Champs-Elysées. Proprietários de restaurantes e cafeterias da mais famosa avenida da capital francesa terão que equipar suas varandas com marquises mais modernas até a primavera de 2024, antes dos Jogos Olímpicos de Paris. O projeto desses novos espaços externos foi revelado ao público na quarta-feira (27) pelas redes sociais oficiais da Avenida Champs-Elysées.

Clientes almoçam em área externa de um restaurante na famosa avenida Champs-Elysées, em Paris.
Clientes almoçam em área externa de um restaurante na famosa avenida Champs-Elysées, em Paris. REUTERS - Benoit Tessier
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Segundo o exemplo da animação digital, uma nova estrutura mais moderna exibe seus toldos na cor verde, contendo um friso de lona branca que lhes dará a aparência arejada de um templo grego.

O designer belga Ramy Fischler se inspirou nas "vacarias inglesas" e foi contratado pelo Comitê Champs-Elysées, a associação que promove a avenida. Segundo o comunicado do órgão, "a avenida mais linda do mundo" terá em suas varandas marquises "mais harmoniosas e funcionais, mais acolhedores e mais parisienses". A implementação deve começar no início do próximo ano.

Ramy Fischler modernizou os corredores de colunas abertas e cobertas que foram instaladas pela primeira vez na Belle Epoque de Paris (periodo compreendido do final do século 19 ao início do século 20). O estilo rico e florido das estruturas metálicas da época foi substituído pelas colunas e superfícies simples de hoje.

"As terrasses (como são chamadas as varandas em francês) não obstruirão mais a visão dos pedestres", enfatizou o presidente do comitê, Marc-Antoine Jamet.

Entre os ganhos estéticos reivindicados, os cabos suspensos que abasteciam os terraços com energia das lojas desaparecerão, graças às baterias recarregáveis nas novas estruturas.

"A avenida mais bonita do mundo não poderia ter as varandas mais feias", afirma Jamet, que considera os principais locais parisienses "um pouco desorganizados" em comparação com as "praças italianas" e as "avenidas de Madri".

Avenida amigável e com cara de vilarejo

O designer Ramy Fischler diz que se propôs a encontrar "uma coerência estética e códigos comuns", expressando sua consciência de "fazer parte da vitrine de Paris".

Ao mesmo tempo, ele lembra que "os proprietários de restaurantes pagam para usar o espaço das calçadas que, para eles, é, antes de tudo, uma ferramenta de trabalho". Uma varanda média, com pouco menos de 70 metros quadrados, deve custar cerca de € 400 mil para cumprir as exigências do projeto.

Os proprietários desses espaços externos poderão escolher a cor do teto de lona interna das marquises, bem como a cor do nome de sua marca impresso no friso externo (cinco cores são possíveis). Eles também poderão escolher entre uma variedade de móveis projetados para criar uma "linha Champs-Elysées" reconhecível e padronizada.

O presidente do comitê, que também é secretário-geral do grupo de artigos de luxo LVMH, disse que "o apoio de todos" foi obtido.

No entanto, alguns estabelecimentos - o Deauville, o George V, o Madrigal e o Bistrot 25 - condicionaram sua "aprovação" ao esclarecimento da "dimensão financeira" do projeto e à apresentação de "um protótipo de uma contra-varanda", solicitações que foram enviadas à prefeitura na terça-feira (26), disse o advogado Philippe Meilhac à AFP.

"De cada cem pessoas que passam pela Champs-Elysées, duas são parisienses, que estão lá por acaso", observa Marc-Antoine Jamet. O objetivo também é ter "mais parisienses, para fazer com que a Champs pareça uma vila".

Esses terraços fazem parte do projeto "reencantamento da Champs-Elysées" promovido pelo Comitê e apoiado pela cidade de Paris, que já investiu € 30 milhões na melhoria das vias, mobiliário urbano e jardins. Emmanuel Grégoire, primeiro vice da prefeita socialista Anne Hidalgo, disse à AFP que estava "muito satisfeito com o resultado".

Turistas em frente ao Arco do Triunfo na Avenida Champs-Élysées.
Turistas em frente ao Arco do Triunfo na Avenida Champs-Élysées. REUTERS - GONZALO FUENTES

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