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"Colapso climático já começou", alerta secretário-geral da ONU em destaque nos jornais franceses

"O colapso climático já começou". A frase atribuída ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na tentativa de quebrar a apatia diante de um desastre ambiental, é um dos destaques da imprensa francesa nesta quinta-feira (7).   

Destaque na imprensa francesa para as mudanças climáticas. Em manchete no jornal Liberation: "Colapso"
Mudança climática: desastres que se alinham em 2023
Destaque na imprensa francesa para as mudanças climáticas. Em manchete no jornal Liberation: "Colapso" Mudança climática: desastres que se alinham em 2023 AFP - MICHAEL DANTAS
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O alerta ocupa toda a primeira página do jornal Libération, que destaca "o calor anormal na França, chuvas diluvianas na Grécia e na Espanha, depois do verão mais quente em 120 mil anos". Marcado por fenômenos extremos de calor, numerosos incêndios e poluição do ar, o último trimestre foi o mais quente da história da humanidade, segundo o observatório europeu do clima, Copernicus, com uma média de 16,77° Celsius.

Os recordes de temperatura foram registrados nos hemisférios norte e sul e o ano de 2023 deverá superar o calor extremo de 2016, até agora o ano mais quente já vivido pelo homem. Além disso, "a temperatura da superfície do mar também está excepcionalmente elevada". 

Na quarta-feira (6), 45 departamentos franceses estiveram em alerta para o calor. E hoje será mais um dia excepcionalmente quente, com máximas previstas de 37°C, com possibilidade de picos de até 40°C em algumas regiões, de acordo com a Météo France. 

"Dependência suicida"

A solução já é conhecida, destaca o diário: "sairmos de nossa dependência suicida aos combustíveis fósseis, responsáveis por mais de 80% das emissões de gases de efeito estufa". 

O assunto também é destaque no diário econômico francês Les Echos, que analisa a declaração final da primeira Cúpula Africana para o Clima, ocorrida em Nairobi, no Quênia, três meses antes da COP 28. Os dirigentes de países africanos apelam a um forte estímulo ao financiamento externo para aumentar em seis vezes a quantidade de energia produzida a partir de fontes renováveis, até o fim desta década. "Um desafio colossal", segundo o artigo, quando "um em cada dois africanos não tem sequer eletricidade em casa". 

Abrigando 20% da população mundial, a África conta com apenas 2% dos recursos mundiais para energias limpas, aponta o texto. Já os recursos necessários para projetos de adaptação às mudanças climáticas são estimados em € 93 bilhões por ano.   

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