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Paris 2024: poluição do Sena é maior preocupação de atletas em teste de triatlo

A menos de um ano da Olimpíada de Paris, o triatlo mundial realiza, entre quinta-feira (17) e domingo (20), uma prova-teste de natação no Sena, com o desafio de qualificar diversas delegações para os jogos. Mais do que isso, o evento servirá para comprovar a qualidade da água do rio, considerada como “satisfatória” pelas autoridades.

Triatletas treinam no Sena para competição teste que acontece a partir de quinta-feira (17).
Triatletas treinam no Sena para competição teste que acontece a partir de quinta-feira (17). AFP - BERTRAND GUAY
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Após 1,5 mil metros de natação entre a ponte Alexandre III e a ponte de Alma, os triatletas seguirão por 40 km de bicicleta e 10 km de corrida, quando irão percorrer a avenida Champs-Elysées. E é neste percurso, idêntico ao dos jogos do próximo ano, que os melhores triatletas do mundo pretendem garantir uma vaga para a Olimpíada.

Antes de os atletas se lançarem ao Sena, porém, a organização acompanha a qualidade da água. No início de agosto, as provas de natação em águas abertas tiveram de ser canceladas devido à poluição do rio.

Nesta quarta-feira (16), a qualidade da água voltou a um "limiar satisfatório", explicou a prefeitura de Paris, especificando que o nível de escherichia coli – uma bactéria encontrada nas fezes – caiu abaixo do limite máximo regulamentar (1.000 CFU por 100 ml). A água, no entanto, permanecerá sob vigilância durante os quatro dias de competição, com análises laboratoriais diárias e ferramentas de medição instantânea.

Quanto a Paris 2024, o Comitê de Organização dos Jogos Olímpicos conta com a entrada em funcionamento da bacia de Austerlitz, que vai armazenar a água da chuva, para que o mundo inteiro possa ver os atletas nadando no Sena, mesmo em caso de mau tempo.

Nadando em águas turbulentas

Muito além da rigorosa disciplina para os treinamentos, os atletas de triatlo têm de enfrentar águas em condições muitas vezes deploráveis. Poluição, ratos, lixo e bactérias são alguns dos problemas, que, com frequência, acabam ameaçando a saúde dos esportistas. De acordo com uma reportagem do Le Monde, 57 atletas ficaram doentes após uma etapa do campeonato mundial em Sunderland, no Reino Unido. Inclusive o campeão, o francês Pierre Le Corre.

Alguns dias depois da competição, testes de água no local mostraram que os níveis de escherichia coli eram 39 vezes maiores do que o normal.

Melhores do mundo

Apenas quatro atletas do top 20 masculino e feminino do mundo estarão ausentes em Paris 2024. E os destaques das competições serão os dois campeões olímpicos, o norueguês Kristian Blummenfelt e a bermudense Flora Duffy, que estarão na largada na ponte Alexandre III.

Desde a conquista do título, em Tóquio, em 2021, Blummenfelt tem se concentrado no Ironman, provas de triatlo de longa distância. Seu nível, em uma prova com as mesmas características que a da Olimpíada, será observado por seus adversários em Paris, em uma distância menor, onde pode faltar um pouco de velocidade. O britânico Alex Yee, o neozelandês Hayden Wilde, o australiano Matthew Hauser e o francês Pierre Le Correja já venceram em temporadas anteriores de competições mundiais.

Entre as mulheres, Flora Duffy, que não participa de um triatlo internacional desde novembro de 2022, volta a competir na quinta-feira. Suas principais rivais devem ser uma francesa e uma britânica: Cassandre Beaugrand segue com duas vitórias expressivas, em Hamburgo e Sunderland, e Beth Potter ocupa a primeira colocação do circuito mundial.

Após as provas do paratriatlo no sábado, França, Noruega e Grã-Bretanha disputam a vitória no domingo no revezamento misto do Campeonato Mundial.

(Com informações da AFP)

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