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França: quase 300 pessoas detidas em manifestações contra a reforma previdenciária

Clima social tenso na França, após as votações que rejeitaram a destituição da primeira-ministra Élisabeth Borne na Assembleia dos Deputados, levando à aprovação final da reforma da Previdência. Milhares de pessoas voltaram a protestar nas principais cidades do país.

Manifestantes cercados pela polícia de choque durante uma manifestação no dia em que a Assembléia Nacional debateu e votou duas moções de desconfiança contra o governo francês. 20-03-2023
Manifestantes cercados pela polícia de choque durante uma manifestação no dia em que a Assembléia Nacional debateu e votou duas moções de desconfiança contra o governo francês. 20-03-2023 REUTERS - YVES HERMAN
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Em Paris, Lyon, Toulouse, Lille, Estrasburgo e Nantes, manifestantes ergueram barricadas e incendiaram latas de lixo. Policiais dispersaram os opositores à reforma, a maioria jovens, com bombas de gás lacrimogêneo. Cerca de 300 pessoas foram presas, 234 apenas em Paris. Mas advogados e sindicatos de juízes denunciam detenções arbitrárias, já que a maioria dos manifestantes foram soltos sem indiciamento por violência.

Na capital, centenas de pessoas, acompanhadas por alguns deputados da oposição de esquerda, se reuniram na praça Vauban, perto da Assembleia Nacional, antes de serem dispersadas por forças de ordem.

Confrontos entre manifestantes e policiais aconteceram na região da estação Saint-Lazare e da praça da Ópera. Lixeiras foram danificadas ou incendiadas. Houve protestos também na área de Châtelet, perto da sede da Prefeitura.   

Pessoas passam por lixeiras incendiadas por manifestantes perto da Ópera Garnier, no centro de Paris, após aprovação da reforma da Previdência (20/03/23).
Pessoas passam por lixeiras incendiadas por manifestantes perto da Ópera Garnier, no centro de Paris, após aprovação da reforma da Previdência (20/03/23). REUTERS - YVES HERMAN

O presidente Emmanuel Macron se reúne nesta terça-feira (21) no Palácio do Eliseu com líderes de partidos aliados e os presidentes da Assembleia e do Senado, para discutir uma agenda de medidas para atenuar a revolta popular. Amanhã, Macron dará uma entrevista a dois canais de TV nos jornais de 13 horas (horário local).

O movimento grevista cresce nas refinarias de petróleo e a polícia tenta nesta terça dispersar bloqueios em rodovias e terminais petrolíferos de portos ocupados na região oeste do país.

Terminais ocupados e bloqueios

O terminal de petróleo de Vern-sur-Seiche, perto de Rennes, na região oeste, ainda estava ocupado na manhã de terça-feira por manifestantes contrários à reforma.

Muitos postos de gasolina da região apresentam falta de combustível. 

Na Bretanha, como na manhã de segunda-feira, o tráfego rodoviário foi interrompido por vários bloqueios, em particular no anel viário de Rennes e Nantes, ou em Laval, Vannes e Brest.

Em Rennes, existem "dificuldades de tráfego contínuas no anel viário e seus arredores", indicou no Twitter a prefeitura de Ille-et-Vilaine, que aconselha os motoristas a "evitar o setor".

Cerca de cinco quilômetros ao sul, o depósito de Vern-sur-Seiche ainda estava parado e inacessível para caminhões.

(com AFP)

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